Partindo de uma narrativa de circunstância de uma caminhada pelo meu bairro, passo a refletir sobre modos de produção das fotografias do arquivo Cabe a Alma, um processo iniciado em 2013. Problematizo as questões decorrentes da experiência de retrovisão e reflexão, apresentando um conjunto de imagens obtidas em deslocamentos utilizando superfícies espelhadas. Faço igualmente uma breve incursão histórica sobre o uso de dispositivos ópticos por pintores paisagistas e amadores do século XVII. Em tempos de velocidade e de compartilhamentos de imagens, retomo procedimentos de captura pré-fotográficos e, através de uma meta-fotografia, busco exercitar uma atenção mais lenta e uma experiência deslocada da cidade. Do mesmo modo, busco espacializar ...