Educação infantil pública em Manaus: especificidades amazônicas e desafios pedagógicos

Em meio a tantas temáticas importantes que poderiam ser objeto de pesquisa na área de educação, pensou-se em eleger uma problemática que é presente no cotidiano da Educação Infantil pública na cidade de Manaus, mais especificamente voltada para os desafios pedagógicos que permeiam as especificidades nessa que é a primeira etapa da educação básica. Enquanto uma modalidade de direito com diretrizes e orientações pedagógicas peculiares, se faz cada vez mais necessário pensar sobre a real situação em que se encontra essa escola. Mas não somente isso, também observar, identificar e analisar, se a proposta curricular que norteia o saber-fazer nesses centros educativos atende às especificidades regionais que devem estar inseridas na organização do currículo pleno. Tais especificidades devem estar sendo conhecidas, estudadas, valorizadas e colocadas em prática no trabalho pedagógico com a criança pequena de forma significativa para o aprendizado, o qual levará essas crianças a um entendimento muito mais claro da realidade em que vivem, nas quais, os significados estão totalmente ligados às experiências vividas no decorrer das suas interações com o meio. A Educação Infantil pública em Manaus, assim como em todo o país sofre realidades e desafios que precisam ser enfrentados e solucionados. É com essa preocupação e curiosidade que surge para nós, o interesse de pesquisar quais são as especificidades típicas da Região Amazônica e como estas podem e devem influenciar as práticas educativas nas escolas da região. O que nos leva a questionar, se tais práticas educativas estão sendo realizadas com intencionalidade e comprometimento, para apresentar a essas crianças manauaras toda a gama de informações diversas da região que as cercam. Diante disso, nos deparamos com os desafios pedagógicos que estão presentes no cotidiano dessas escolas. Sabe-se que as crianças são diferentes, vivenciam realidades, culturas e comportamentos diferentes, portanto suas infâncias também são diferentes. Mas, será que isso é levado em conta no momento do planejamento curricular. As crianças da cidade de Manaus não são todas iguais e essa diferença aumenta quando falamos de crianças de outras cidades, outros estados. Visto que existem coisas muito especificas de cada região, muitas diversidades culturais e sociais. É aí que entra a nossa indagação para investigar como tem sido construído o currículo dessa escola, será que esse currículo valoriza as especificidades regionais que nos cercam? E se é construído nessa perspectiva, será que está sendo colocado em prática? De que forma as escolas estão apresentando a cultura, as particularidades da região para essas crianças? Pensando nisso, torna-se mais forte o desejo de pesquisar quais são essas diferenças, como trabalhá-las de forma que as crianças vivenciem e passem a conhecer essa diversidade, aí está o nosso grande desafio.FAPEA