Análise estratigráfica da porção oeste da Bacia do Solimões com base em furos de sondagens

A Bacia do Solimões é limitada a norte pelo Escudo das Guianas, a sul pelo Escudo Brasil Central, a leste pelo Arco de Purus e a oeste pelo Arco de Iquitos. Apresenta uma área de aproximadamente 500.000 km2, sendo compartimentada nas sub-bacias do Juruá e Jandiatuba. Apesar da importância da sub-bacia Jandiatuba nas reservas de óleo e gás das províncias de Juruá e Urucu, o conhecimento geológico disponível ainda é escasso e restrito às empresas de mineração. Dados de mapeamento geológico da CPRM (Serviço Geológico do Brasil) e de sondagens da Petrobras, mostram que esta bacia é constituída de 2 sequencias sedimentares distintas: paleozóica e cenozóica. Entretanto, a identificação de unidades sedimentares desta bacia tem sido motivo para controvérsias, em função da falta de estudos de geológicos de superfície (mapeamento) e subsuperficie (sondagem), aliada a escassez de dados de datação. A unidade cretácea da bacia corresponde ao Grupo Javari, composto pelas formações Alter do Chão, Solimões e Iça, litologicamente constituídas de arenitos e pelitos, em diferentes proporções. Sotoposto a este grupo, ocorre o Grupo Tefé, constituído pelas formações Jurua (Base), Carauari e Fonte Boa (Topo), compostas litologicamente de arenitos, pelitos, folhelhos, calcários e sais. Visando aumentar o conhecimento geológico da porção oeste da Bacia do Solimões, este projeto de PIBIC vai analisar dados litológicos e geofísicos (Raios Gama e Potencial Espontâneo) de 15 logs de furos de sondagens do Projeto Carvão no Alto Solimões (convênio DNPM-CPRM), visando montar o arcabouço estratigráfico desta porção da bacia, definindo os contatos geológicos e espessuras das unidades estudadas.FAPEA