Diversidade de peixes predadores em lagos da planície aluvial de rios de águas brancas (Rio Solimões) e de águas pretas (Rio Quiuini) na Amazônia Central.

Para um amplo entendimento da estrutura e dinâmica das assembléias de peixes em ambientes lênticos, é necessário não só identificar e analisar os principais fatores que se relacionam com as estratégias de ocupação do espaço físico pelas espécies, mas também caracterizar os padrões de distribuição espacial da ictiofauna nos diversos tipos de hábitats. A ocorrência de elevados níveis de predação em ambientes aquáticos pode exercer grande influência em toda cadeia trófica, afetando atributos de comunidades e controlando a produtividade do ambiente. Devido à piscivoria ser uma das principais fontes de mortalidade em estoques naturais de peixes, o controle da biomassa por espécies piscívoras tem importantes aplicações práticas (mecanismo top down), podendo ser utilizada inclusive como base para a proposição de estratégias de manejo. Diante disso, este projeto tem como objetivo estimar a abundância e diversidade das assembleias de espécies de peixes predadores de lagos das planícies aluviais de rios de águas brancas (Rio Solimões) e pretas (Rio Quiuini) ao longo de duas estações do período hidrológico (águas altas e águas baixas), com a finalidade de comparar estes dois ambientes amazônicos e verificar a importância dos predadores da estruturação das assembleias de peixes dos tipos de sistema. Os oito lagos que foram amostrados localizam-se nas áreas de planície aluvial de ambiente de águas brancas e pretas da Amazônia, mais especificamente na região dos rios Solimões e Negro. As coletas de dados ocorreram duas vezes ao ano, de forma a abranger duas fases do ciclo hidrológico: águas altas e águas baixas, amostrando diferentes hábitats presentes e comuns nos lagos, tais como: área de água aberta e floresta alagada, de forma a coletar espécies com diferentes estratégias de vida. O apetrecho selecionado na coleta dos peixes foi a rede-de-emalhar, com dimensões de 15 metros de comprimento e 2 metros de altura, cada rede, e os tamanhos das malhas destas redes variando de 30 a 100 mm entre nós opostos, o que estabelece um conjunto de 08 redes de emalhar em cada bateria. A cada 06 horas houve revisão das redes de emalhar, no sentido de capturar-se as espécies que ficaram retidas nas malhas, tempo este evidenciado pela grande ocorrência de outros animais considerados predadores de peixes como jacaré e boto que acabam danificando o referido apetrecho. Após a coleta dos exemplares, foi realizado os procedimentos de triagem, identificação e biometria, através de dados de peso (grama) e comprimento (centímetro) para cada lago amostrado. Espécies que apresentaram dificuldades na identificação in loco, foram acondicionadas com solução contendo formalina (10%) e água (90%) e transportadas para o laboratório de ecologia pesqueira da UFAM. Para a anélise de dados utilizaremos os dados de Constância das espécies, Índices de Diversidade de Shannon H , Índices de Equitabilidade, Índices de Dominância, Análise de Similaridade.CNP