Análise do Albedo superficial em três áreas de vegetação nativa em Humaitá - AM

Florestas Tropicais são de extrema importância para o clima tanto em escala local como global. Com uma área de 7,6 milhões de km2, a Amazônia é considerada a maior floresta tropical do planeta e detém um dos ecossistemas mais ricos do mundo. No entanto tanta riqueza vem sofrendo sérios danos ao longo das últimas décadas, pois a região amazônica está sujeita a uma forte pressão antrópica. As maiores áreas desflorestadas no Amazonas encontram-se no sul do estado, como por exemplo, nos municípios de Apuí, Humaitá e Lábrea. A substituição em grande escala das florestas por pastagens ou campos agrícolas altera o balanço radiativo superficial, diminui as taxas de evapotranspiração e a composição e quantidade de núcleos de condensação de nuvens, que podem levar à modificação do regime de chuvas. As alterações no balanço radiativo se da basicamente por alterações no albedo superficial. Define-se albedo como sendo a razão entre o fluxo de radiação refletido por uma dada superfície em todas as direções e o fluxo incidente sobre ela. Por ser considerada uma das principais ferramentas controladoras do balanço de energia e consequentemente do clima da terra, um conhecimento detalhado de como o albedo varia no espaço e no tempo é crucial para entendermos o balanço de radiação global e sua influência no clima e na dinâmica da vegetação. Então essa proposta visa interpretação do albedo em diferentes coberturas vegetais, por meio de coletas e armazenagem dos dados de radiação solar incidente e refletida em biomas de Floresta Nativa, Campos Sujo e Campos Limpo do município de Humaitá AM. Para a realização desse estudo os dados serão coletados em torres micrometeorológicas, pertencente ao projeto CENARIOS e instaladas nas três áreas acima citadas. Os dados de radiação solar incidente e refletida serão obtidos pelos piranômetros instalados nas 3 torres micrometeorológicas, bem como as demais variáveis meteorológicas que se fizerem necessárias para o estudo. Após coleta, os dados serão trazidos para o laboratório de meteorologia e climatologia do Instituto de Educação Agricultura e Ambiente IEAA da Universidade Federal do Amazonas UFAM, onde serão armazenados. Para uma melhor compreensão os dados serão processados em médias horarias, para que se possa observar a variação diurna das variáveis meteorológicas envolvidas no estudo.FAPEA