Relação entre adesão terapêutica e da qualidade de vida em crianças e adolescentes com diabetes Mellitus tipo I

O presente estudo visa avaliar a relação entre a adesão terapêutica e a qualidade de vida/morbilidade psicológica em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. Foram analisadas variáveis como a qualidade de vida, a autoeficácia, a adesão comportamental e a sintomatologia depressiva. Trata-se de um estudo quantitativo, correlacional - preditivo, transversal entre sujeitos. A amostra não probabilística de conveniência foi composta por 26 sujeitos, crianças e adolescentes, com a diabetes mellitus tipo 1, com idades compreendidas entre os 6 e 18 anos e com diagnóstico de diabetes há pelo menos um ano, associados da Associação de Diabéticos do Minho. Foram utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: Questionário Sociodemográfico e Clínico, Questionário de Adesão Comportamental ao Tratamento, Questionário de Avaliação da Qualidade de Vida para Adolescentes com Diabetes tipo 1 (DQOL), Escala de Auto-Eficácia para o Diabetes (SEDS) e o Inventário de Depressão Infantil (CDI). Os resultados deste estudo evidenciam que os participantes apresentam uma baixa adesão terapêutica e qualidade de vida. Por outro lado, apresentam bom nível de autoeficácia e ausência depressão. No que se refere às hipóteses em estudo, as mesmas não foram comprovadas na sua totalidade. Verificam-se apenas uma associação negativa entre a autoconfiança para tratamento e a adesão ao tratamento médico e uma associação positiva entre a morbilidade psicológica e a satisfação com o tratamento e a vida e uma associação negativa entre a morbilidade psicológica e a adesão ao tratamento médico. Consideramos que apesar de todas as limitações deste estudo formam cumpridos os objetivos propostos. É importante que estudos futuros continuem a incidir sobre a análise dos preditores de adesão terapêutica e de qualidade de vida, nestes doentes, de forma a ser possível desenvolver programas de intervenção cada vez mais direcionadas e eficazes.This study aimed to evaluate the predictors of therapeutic adherence in children and adolescents with type 1 diabetes mellitus. Therefore, the study analyzed the quality of life, self-efficacy, behavioral adherence and depressive symptoms as predictors. This is a quantitative study, correlational - predictive, cross between subjects. The nonprobability convenience sample was consisted of 26 subjects, children and adolescents with diabetes mellitus type 1, aged between 6 and 18 years and diagnosed for at least a year, members of the Minho Diabetic Association. The instruments that were used are: sociodemographic and clinical questionnaire, Behavioral Accession Questionnaire Treatment, Quality of Life Evaluation Questionnaire for Adolescents with Type 1 diabetes (DQOL), Self-Efficacy Scale for Diabetes (SEDS) and the Child Depression Inventory (CDI). The results of this study show that participants have a low adherence and quality of life. On the other hand, exhibit good level of self-efficacy, and no evidence of depression. With regard to the hypothesis under consideration, they weren’t proven entirely. It was found associations between the self-confidence to treatment and adherence to medical treatment (negative) between psychological morbidity and satisfaction with treatment and life (positive association) and between psychological morbidity and adherence to medical treatment (association negative). Despite all the limitations of this study, we believe that the aims of the present study were fulfilled. It is important that future studies continue to focus on the analysis of adherence and quality of life predictors in these patients in order to develop intervention programs increasingly targeted and effective