Efeito da Suspensão de Hospedeiros sobre a Reprodução e Sobrevivência de Trichogramma kaykai Pinto & Stouthamer (Hymenoptera: Trichogrammatidae) Infectados e Não Infectados com Wolbachia

The effect of temporary host deprivation on the reproduction and survival of Trichogramma kaykai Pinto & Stouthamer was determined by comparing a Wolbachia-infected (thelytokous) and an arrhenotokous line of T. kaykai when reared on Trichoplusia ni Hübner (Lepidoptera: Noctuidae) eggs. The progeny produced by both arrhenotokous and thelytokous females decreased with increasing periods of host deprivation, but arrhenotokous females produced significantly more progeny than thelytokous females regardless of the period of host deprivation (0 to 10 days). They also produced more daughters. Host deprivation did not affect brood size within arrhenotokous or thelytokous lines. However, fewer wasps emerged from hosts parasitized by Wolbachia-infected than by uninfected T. kaykai. A direct relationship existed between longevity and the length of time an arrhenotokous or a thelytokous wasp was deprived of hosts. The longer the deprivation period, the longer they lived. However, arrhenotokous females lived longer than their thelytokous counterparts. These findings showed that temporary host deprivation (up to 10 days) affected both reproductive forms similarly. However, in all conditions studied arrhenotokous wasps produced more progeny and lived longer than their thelytokous counterparts.Comparou-se o efeito da suspensão temporária do fornecimento de hospedeiros sobre a reprodução e sobrevivência de Trichogramma kaykai Pinto & Stouthamer infectado e não infectado com Wolbachia. Ovos de Trichoplusia ni Hübner (Lepidoptera: Noctuidae) foram utilizados como hospedeiro. A progênie de fêmeas arrenótocas e telítocas foi reduzida com o aumento do período de ausência de hospedeiros, contudo fêmeas arrenótocas produziram significativamente mais progênie independentemente do período de ausência de hospedeiros (0 a 10 dias). Essas fêmeas produziram também um número maior de filhas. A ausência de hospedeiros não afetou o número de indivíduos emergentes por hospedeiro quando se consideraram as duas formas reprodutivas isoladamente. Por outro lado, menor número de parasitóides emergiu em ovos parasitados por fêmeas telítocas. Uma relação positiva existiu entre a duração da ausência de hospedeiros e a longevidade. Fêmeas arrenótocas viveram significativamente mais que fêmeas telítocas. Os resultados revelaram que as duas formas reprodutivas responderam de forma similar quando sujeitas a períodos de ausência de hospedeiro (de até 10 dias). Fêmeas arrenótocas, contudo foram mais fecundas e viveram mais que fêmeas telítocas em todos os tratamentos avaliados