Sócrates e diotima : amor e educação no banquete de Platão

Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2015.O presente trabalho de conclusão do curso de Filosofia teve como objetivo analisar a obra Banquete, de Platão, e sua relação com a educação grega, de maneira especial com aquela instituição chamadapederastia. Trata-se de um diálogo atípico de Platão, onde a maior parte dos textos são trabalhados em forma de discursos. Platão critica indiretamente os sofistas e os poetas. Neste trabalho a obra é analisada através de vários pontos de vistas. Cada personagem tem um papel importante no banquete que se realiza na casa de Agatão, com suas características e afirmações. Fedro e Pausânias, por exemplo, se mostram discípulos iniciantes, mas que seus discursos trazem informações sobre a prática da pederastia. Já Agatão se mostra um discípulo bem avançado na arte de filosofar. As teorias dos personagens vão se desenvolvendo em escala ascendente, até chegar no discurso principal, que é o de Sócrates. Ele explica os vários degraus para se percorrer na arte Erótica. Podemos ver ao longo da obra que Diotima e Sócrates já trilharam este percurso, e este se dedica a ensinar para discípulos. Logo após vem o discurso de Alcibíades, que se mostra um discípulo que se fascina pelas ideias de Sócrates, mas que diverge nas ações.Neste trabalho são levantadas duas hipóteses sobre a função de Alcebíades: a de trazer um personagem com características humanas para o Banquete e a de exercer uma função política perante a Atenas daquela época (apologia de Sócrates e do círculo platônico)