Análise das sequências ofensivas resultantes em gol da Seleção Brasileira nas Copas de 1994 até 2018

A Copa do Mundo FIFA é o evento mais conhecido e reconhecido dentro do futebol e um dos eventos esportivos mais importantes que existem, atraindo milhões de expectadores. Diante disso, é inegável a importância de uma análise dessa competição que transpasse o senso comum, pensando no desenvolvimento e na evolução dos aspectos táticos e técnicos de cada seleção. Dentro dos diversos aspectos possíveis de serem observados, o conhecimento das sequências ofensivas que resultam em gols é um dos motivos que colaboram, auxiliam e complementam o trabalho de treinadores e comissões de equipes nos momentos em que precisam de estratégias eficazes na construção de jogadas ofensivas, durante os treinamentos. Quando nos referimos a essas sequências ofensivas, pensamos em toda trajetória, desde onde a jogada se iniciou e qual o tipo de fundamento que foi utilizado para isso, quanto tempo ela durou, quantos jogadores da mesma equipe se envolveram, o número de passes efetuados, o método de jogo ofensivo utilizado. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi desfragmentar as sequências ofensivas que resultaram em gol das seleções do Brasil na Copa do Mundo FIFA de 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018 e, dessa forma, analisar a duração, número de participantes, número de passes, ação inicial, método de jogo ofensivo e origem dessas sequências. Através dessas observações, foi possível traçar comparativos e encontrar certos padrões nas sequências ofensivas do Brasil. O campo defensivo foi a zona onde ocorreu a maior porcentagem das origens das sequências que resultaram em gol e ocorreu um equilíbrio entre as jogadas de bola parada e jogadas com a bola em movimento que originaram os gols. As sequências que envolveram 2 e 6 jogadores foram as mais utilizadas pelo Brasil, enquanto que essas jogadas ocorreram com poucas trocas de passe. As interceptações completas foram as ações iniciais que tiveram a maior incidência. Analisando a duração das sequências ofensivas, sem contarmos aquelas de fase estática que duraram de 0 a 3 segundos, observamos que quase metade dos gols das seleções do Brasil tiveram mais do que dezoito segundos. O método de jogo ofensivo que teve a maior eficiência para resultar em gols das seleções do Brasil foi o Ataque Posicional. Através do conhecimento dessas sequências ofensivas é possível adaptar o treinamento para uma realidade maior quando se pensa em torneios que tenham características aproximadas ou iguais a esta competiçãoNot informed