Aspectos referentes ao estupro, às vítimas e aos agressores segundo processos-crime em Uberlândia-MG

This was an epidemic study about observations of rape in Uberlândia, from data extracted from the crime lawsuits of Abelardo Pena Court from 1960 to 2005. Out of the 240 cases, the major number of victims were 10 to 19 years old (198; 82,8%), single (84; 35%), white (137; 60,4%), low educated (204; 94,4%) and maids (105; 86%). The aggressors were between 20 and 29 years old (103; 43,8%), single (129; 55,1%), bricklayers (54; 24,5%) and low educated (160; 77,2%). The majority of the aggressors were the victims boyfriends (36,5%) and most of the rapes happened at the victims house (80; 33,8%). The most common injuries were in the himen (127; 81,4%) and the anatomical area most injured were the genitals (131; 85,6%).This kind of violence represents a big challenge to society, demanding integrated actions between Justice, Educational , Social and Health programs working together with society. Notifications must be done, because, otherwise, subsides won t be given by the government to create mechanisms to fight rape.Mestre em Ciências da SaúdeO presente estudo epidemiológico é observacional, descritivo, do estupro em Uberlândia a partir de dados extraídos dos 240 processos-crime do Fórum Abelardo Pena de 1960 a 2005. As vítimas estavam na faixa etária de 10 a 19 anos (198; 82,8%), solteiras (84; 35%), da raça branca (137; 60,4%), com pouca escolaridade (204; 94,4%) e domésticas (105; 86%). Os agressores comumente tinham idade entre 20 a 29 anos (103; 43,8%), eram solteiros (129; 55,1%), pedreiros (54; 24,5%), e tinham pouca escolaridade (160; 77,2%). Grande parte dos agressores era namorados ou noivos das vítimas (36,5%), o lar das vítimas foi o local onde ocorreu predominantemente as agressões (80; 33,8%). As lesões mais informadas foram as himenais (127; 81,4%), a região anatômica mais acometida foi a genital (131; 85,6%). A violência representa um grande desafio para a sociedade, exigindo ações integradas da Justiça, Educação, Ação Social e Saúde junto à sociedade civil. A notificação deve ser compulsória, pois, ao acabar com a subnotificação ter-se-á mais subsídios para tomar atitudes e criar mecanismos de combate ao estupro