Barbarian people or faithful vassals? fight, negotiation and indigenous protagonism towards the march of the Sertão da Farinha Podre and contiguous areas (1750 - 1850)

The present thesis analyses a new aspect of the indigenous people of Sertão da Farinha Podre, (current Triângulo Mineiro), adjacent areas of Goiás, São Paulo and current Mato Grosso do Sul. There is a reflection on cultural exchanges established by the Indians with people of other "qualities", with associations, periods of accommodation and permanence, as well as, breaks, political mobilization and in their most varied expressions of resistance, considering, however, the asymmetrical aspects of the relations established between Indians and non-Indians. Besides understanding under which circumstances the Indians aggravated their resistance through confrontation, we verified when several groups had framed alliances with non-Indians and the consequences of such alliances. Indigenous politics throughout Brazil was complex, and ambiguous taken in some regions, as noted in the capitania of Goiás. There were various manners of indigenous resistance, not only military confrontation, but mainly approaches, alliances and obtainance of some advantage on the pressures triggered on them from the mid-18th century. We understand that culture is not a monolithic block, being a in constant transformation. Thereby we embrace studies that value the idea of "cultural interaction" in opposition to the treatment of culture in a pure form and crystallized. In this study, we face the indigenous history beyond the fatality and destruction.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorTese (Doutorado)A tese que se apresenta analisa um novo aspecto dos povos indígenas do Sertão da Farinha Podre, (atual Triangulo Mineiro) e áreas contíguas, compondo porções de Goiás, São Paulo e atual Mato Grosso do Sul. Preocupa-se em refletir sobre as trocas culturais que os indígenas desenvolviam com indivíduos de outras “qualidades”, com associações, com momentos de acomodação e permanência, bem como, com as rupturas, mobilizações políticas e resistências em suas mais variadas expressões. Além de entender em quais circunstâncias os indígenas acirravam sua resistência por meio dos enfrentamentos, buscou-se verificar quais conjunturas levaram diversos grupos ao estabelecimento de alianças com os não indígenas e quais as consequências decorreram de tais alianças. A política indigenista em todo o Brasil era complexa, sendo aceita de forma ambígua em algumas regiões, como no caso observado na capitania de Goiás. Existiram várias formas de resistência indígena, não limitadas ao enfrentamento militar, mas, sobretudo, nas aproximações, alianças e busca de obtenção de alguma vantagem diante das pressões desencadeadas sobre eles a partir de meados do século XVIII. Sem desconsiderar o aspecto assimétrico de grande parte das relações estabelecidas entre indígenas e não indígenas entendemos que cultura não se traduz na forma de um bloco monolítico, mas por outro lado, está em constante mutação. Adotaremos assim, estudos que valorizam a ideia de “interação cultural” em oposição ao tratamento de cultura de forma pura e cristalizada