A crise econômica mundial: Um reflexo dos desequilìbrios estruturais do capitalismo

International audienceKarl Marx demonstrated that capitalism as a mode of production is a structurally unstable system; this has been illustrated by the recent period, especially the current crisis. This article is a contribution to a Marxian explanation of the current crisis, analyzing it as an expression of the tendency of the rate of profit to fall; it focuses on the first stage of the development of the crisis, understood as an outcome of the instability of capitalism and it identifies its specificities. Such instability is manifest through the recurrence of crises and we argue that each crisis emerges from the remedies used to counter the previous one and that it also contains the germs of the next crisis, all crises and instability being basically founded on the tendency of the rate of the rate of profit to fall, as first explained by Marx in Capital Volume III. This applies to world capitalism in general though we focus on its core economy, US capitalism. The first part deals with the immediate origins of the current crisis – the conditions of the period of growth from 2003 to 2006. The explosion of the real estate bubble in the summer of 2007 first led to a financial crash and then turned into a fully-fledged world-wide economic recession. It was, in turn, rooted in the remedies used to resolve the previous crisis. A substantial destruction of the least efficient capitals allowed a restoration of accumulation. This pattern of recurring crises is seen as the expression of a historical trend of overaccumulation of capital, which needs a subsequent devalorization. The second part investigates the methods that have been used to combat the crisis, in terms of public expenditure, of destruction of capital, and of national strategies.A crise que a economia mundial atualmente confronta encerra um período de crescimento econômico relativamente forte que sucedeu a uma série de outras crises cada vez mais frequentes. E verdade que o capitalismo sempre foi, de maneira mais ou menos regular, confrontado a abalos, no entanto, a atual crise contém um certo número de particularidades que dizem respeito tanto à sua natureza quanto à sua amplitude, o que a tornam singular. Iniciada com a falência do setor imobiliário americano, ela é testemunha de desequilíbrios crescentes para a economia capitalista mundial, uma de suas expressões sendo que a relação entre o valor dos ativos financeiros e a produção de mercadorias foi multiplicada por três entre 1986 e 2005. Hoje em dia o sistema econômico está sendo profundamente afetado e o termo "capitalismo" não é mais rechaçado pelos economistas standards. O presente artigo tem como objetivo apresentar esta crise como uma manifestação das contradições fundamentais do capitalismo, em particular, a lei da baixa tendência da taxa de lucro. Depois de ter levantado um estado das manifestações mais imediatas e mais visíveis da crise, nos dedicaremos aos mecanismos estruturais como uma expressão particular da tendência à baixa da taxa de lucro, o que toma a forma de um fenômeno de sobreacumulação-desvalorização do capital. Em seguida nos descrevemos as praticas realizadas diante da crise