Neoplasias dos monócitos : diagnóstico e terapêutica

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2017As neoplasias, são uma forma de proliferação celular não controlada pelo organismo, com tendência para autonomia e perpetuação. No caso das neoplasias monocíticas, essa proliferação ocorre nas células da linhagem monocítica. As neoplasias mielodisplásicas e as leucemias mieloides agudas incluem alterações na proliferação, maturação e apoptose dos precursores dos monócitos. O diagnóstico das neoplasias hematopoiéticas baseia-se na análise morfológica, citoquímica e imunofenotípica, em células neoplásicas de modo a estabelecer a sua linhagem e nível de maturação celular. A percentagem de blastos no sangue periférico e na medula óssea é de extrema importância na classificação das neoplasias hematopoiéticas e também na sua progressão e prognóstico. Os métodos utilizados são a análise morfológica, imunofenotipagem e estudos genéticos. O tratamento das neoplasias dos monócitos não é comum a todos os doentes. Dentro da terapia padrão encontra-se o tratamento de suporte, a imunossupressão, a quimioterapia e o transplante de medula óssea e células estaminais. O objetivo do tratamento é eliminar as células malignas sem danificar as células normais residuais da medula óssea. Estão em curso estudos para encontrar os melhores fármacos, doses e programas de tratamento. A forma de tratamento mais eficaz continua a ser o transplante de medula óssea, embora nem todos os pacientes o possam efectuar. Daí a continuação de estudos e ensaios clínicos que visam fornecer, no futuro, resultados positivos e mais específicos ao nível da escolha do tratamento, em função de um diagnóstico cada vez mais preciso. Uma melhor compreensão do papel destas lesões moleculares na biologia das leucemias mieloides agudas deverá resultar no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e na melhoria dos resultados clínicos e do prognóstico.Neoplasia, is a form of cellular proliferation not controlled by the organism, with a tendency for autonomy and perpetuation. In the case of monocytic neoplasias, this proliferation occurs in cells of the monocytic lineage. Myelodysplastic neoplasms and acute myeloid leukemias combine several types of neoplasms characterized by changes in the proliferation, maturation, and apoptosis of monocyte precursors. Their diagnosis is based on morphological, cytochemical and immunophenotypic analysis in neoplastic cells in order to establish their lineage and level of cell maturation. The percentage of blasts in the peripheral blood and bone marrow has an extreme importance in the categorization of the neoplasms and in their progression. The methods used are morphological analysis, immunophenotyping and genetic studies. Treatment of these neoplasms is not the same in all the patients. Within the standard therapy is the supportive treatment, immunosuppression, chemotherapy and transplantation. The goal of treatment is to eliminate malignant cells without damaging the normal residual cells of the bone marrow. Studies are underway to find the best drugs, doses and treatment programs. The most effective form of treatment continues to be bone marrow transplantation, although not all patients can do it. Hence the continuation of studies and clinical trials, aimed at providing, in the future, more specific results in the choice of the treatment, due to an increasingly accurate diagnosis. A better understanding of the role of these molecular lesions in the biology of acute myeloid leukaemia should result in the development of new therapeutic approaches and improved clinical outcomes