A especificidade do treinamento e a habilidade de saltar verticalmente. Um estudo com jogadores de basquetebol e voleibol de diferentes categorias

O presente estudo teve como objetivos comparar a performance do salto vertical entre jogadores de basquetebol e voleibol das categorias adulta e infanto-juvenil e verificar se a capacidade de aproveitamento do contramovimento e do balanço dos braços para a melhora da performance no salto vertical era de alguma forma, dependente da modalidade esportiva e/ou da faixa etária, a fim de que se pudesse fazer algumas considerações a respeito da especificidade do treinamento. Para tanto, foram testados 29 atletas adultos e 18 infanto-juvenis de basquetebol, e, 24 atletas adultos e 24 infanto-juvenis de voleibol, em três tipos de salto: sem contramovimento e sem auxílio dos braços (SJ), com contramovimento e sem auxílio dos braços (CMJ) e com contramovimento e com a utilização dos braços (CMAJ). Os testes foram realizados numa plataforma resistiva conectada a um "timer" chamada "ergojump"®. Um modelo misto, para medidas repetidas, tendo como fatores fixos modalidade (basquetebol e voleibol), categoria (infanto e adulto) e tipo de salto (SJ, CMJ e CMAJ), e os sujeitos como um fator aleatório, foi utilizado para verificar a significância dos fatores. Não foram verificados efeitos de interação entre três e dois fatores, verificando-se apenas a existência de diferenças estatisticamente significantes nos efeitos principais 'categoria' (adulto x infanto) e 'tipos de salto' (SJ x CMJ x CMAJ), para um nível descritivo p<.01. Na comparação entre as categorias, a adulta mostrou resultados médios (45,63 cm) significantemente maiores que a infanto (41,13 cm). Já entre os diferentes tipos de salto, o CMAJ (49,72 cm) produziu resultados significantemente maiores que o CMJ e o SJ (41,46cm e 38,96 cm, respectivamente). O CMJ também apresentou valores significantemente maiores que o SJ