A crise tende para a naturalização na vida social o que se precipitou com a falência da visão do mundo como uno, por via do incremento da velocidade e da subversão do conceito de tempo e a consequente fragmentação (Martins, 2011). Uma mudança que se alastrou ao plano identitário através da ruína dos referentes que davam aos indivíduos estabilidade no mundo social (Hall, 1992). A disseminação da globalização, encurtou as distâncias, muito embora sublinhasse as assimetrias. Não obstante, o Ocidente está a perder protagonismo (Huntington, 1996; Morris, 2010), e os estados dos países mais vulneráveis, em perda progressiva de soberania, vão apelando ao patriotismo, numa atitude que contrasta com o curso dos acontecimentos. A crise vincou a incer...