Plantas tóxicas e a sua importância na saúde pública

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2014Nesta monografia, o objectivo, foi avaliar a possível toxicidade das plantas utilizadas como medicinais pelas populações. Para tal, foi feita uma análise a vários estudos etnobotânicos de regiões distintas de Portugal, no sentido de serem retiradas para pesquisa as plantas medicinais (PM) que apresentassem compostos tóxicos para o homem. Foi então avaliada a toxicidade de alguns compostos químicos pertencentes aos grupos, alcalóides, terpenóides, fenóis, furanocumarinas, glicosídeos e taninos. Encontrou-se para os alcalóides hepatotoxicidade, toxicidade ao nível do sistema nervoso central (SNC), toxicidade ao nível dos músculos respiratórios entre outras. Para terpenóides, toxicidade ao nível SNC (convulsões, depressão do SNC), embrionária, gastrointestinal, dermatológica, entre outras. No caso dos fenóis, genotoxicidade e carcinogenicidade. Nas furanocumarinas, fototoxicidade e mutagenecidade. Para os glicosídeos cianogénicos, toxicidade devida ao cianeto de hidrogénio (HCN) e para os glicosídeos cardiotónicos, toxicidade para o sistema cardiovascular. Por último para os taninos, hepatotoxicidade. Estas toxicidades foram reportadas, geralmente, em relação a doses muito elevadas e/ou em utilizações prolongadas. Foi também avaliada a toxicidade referente a interacções das PM com medicamentos, em que se referênciou, Hypericum perforatum L., Ginkgo biloba, Ginseng, Ginseng, Camellia sinensisi, Passiflora edulis, Valeriana officinalis, Aloe vera, Taraxacum officinale, Trifolium pratense e Allium sativum. Assim, o uso destas espécies deve ser realizado com precaução em pessoas que se encontrem sob terapêutica medicamentosa. Em conclusão, a toxicidade e interacção com medicamentos das PM é uma realidade, como ficou demonstrado pelos relatos encontrados, devendo ser divulgada tanto na comunidade prestadora de cuidados de saúde, como na população em geral para que seja possível fazer-se um uso seguro das PM.The aim of this monograph is to assess the possible toxicity of the herbal used by the populations in traditional medicine. With this objective in mid, ethnobotanical surveys from different areas of Portugal were evaluated, in order to obtain the medicinal herbal that possesses toxicity thru humans. So, several chemical compounds from the following groups alkaloids, terpenoids, phenols, furanocoumarins, glycosides and tannis were identify. Toxicity was observed as hepatotoxicity, in the central nerve system (CNS), in respiratory muscles and other, for the alkaloids. Terpenoids showed toxicity in the CNS (seizures, depression of CNS), embryonic, gastrointestinal and dermatologic toxicity, and other. Phenols showed genotoxicity and carcinogenicity. Furanocoumarins showed phototoxicity and mutagenicity. Toxicity due to the presence of HCN had been found in cyanogenic glycosides and toxicity for cardiovascular system in cardiac glycosides. Tannins showed hepatotoxicity. In general, toxicity was observed, for high doses and/or in long treatments. It was also evaluated the drug-Herbal Interactions, where Hypericum perforatum L., Ginkgo biloba, Ginseng, Ginseng, Camellia sinensisi, Passiflora edulis, Valeriana officinalis, Aloe vera, Taraxacum officinale, Trifolium pratense e Allium sativum the following were identified. Therefore, some caution should be taken when used whit drugs. In conclusion, herbal toxicity and drug interaction is a reality, like was reported in this assay. So the information of toxicity and interaction should be divulgated in the health community and in the general public, for a safe herbal consumption