Artrite reumatoide : do diagnóstico à avaliação da eficácia da terapêutica

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2016A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crónica, de etiologia variada, que quando não tratada a tempo conduz a uma enorme incapacidade. Carateriza-se por afetar a membrana sinovial das articulações bilaterais simétricas. Atinge três vezes mais o sexo feminino, sendo a faixa etária dos 30 aos 60 a mais acometida. O diagnóstico da AR pode levar anos a ser feito e é necessário observarem-se uma série de manifestações clínicas, variáveis de indivíduo para indivíduo. Consoante o quadro clínico do doente e o prognóstico da doença, pode-se prever um curso da doença específico e escolher a terapêutica adequada. Mas uma vez que a evolução da doença não é linear, os clínicos necessitam de novas ferramentas para fazerem a melhor escolha possível. A terapêutica farmacológica deve ser ajustável a cada doente. Deve sempre conter um fármaco modificador da evolução da doença reumática (FMEDR), para além de analgésicos, AINEs e corticosteroides no controlo da inflamação ativa. Quando o FMEDR de primeira linha falha, pode-se tentar uma combinação de fármacos, mudar para outro FMEDR ou para um fármaco biológico. Os fármacos biológicos de primeira linha são os inibidores do TNF-α. Atualmente existem índices de atividade da doença reumática, que permitem auxiliar no diagnóstico e prognóstico da severidade da doença, assim como avaliar a sua resposta à terapêutica instituída. Surgem também biomarcadores que permitem ao clínico uma nova abordagem nas várias etapas de diagnóstico, prognóstico e avaliação da eficácia da terapêutica.Rheumatoid arthritis (RA) is a chronic inflammatory disease with a multifactorial etiology, which if not treated in time leads to functional disability. It mostly affects the synovial tissue of bilateral symmetrical joints, striking three times more females than males, being the age group from 30 to 60 the most affected. The diagnosis of RA may take years to be made and it is necessary to account for a considerable amount of clinical manifestations, which vary from individual to individual. Depending on the clinical presentation and the disease prognosis, it is possible to forecast a specific course of disease and choose a particular therapy. But since the development of the disease is non-linear, clinicians are in need for new tools to make the best possible therapeutic choice. Pharmacological therapy should be adjustable for each patient. It should contain a disease-modifying antirheumatic drug (DMARD), in addition to analgesics, NSAIDs and corticosteroids for the control of active inflammation. When first line DMARD fails, the clinicians can try a combination of drugs, switch to another DMARD or to a biological drug. The first line biological drugs are the TNF-α inhibitors. Currently there are scores of disease activity, which can aid in the diagnosis and prognosis of disease severity, as well as evaluate patient response to the therapy imposed. Emerging biomarkers will allow clinicians to have a new approach in the various stages of diagnosis, prognosis and assessment of therapeutic efficacy