Impacto da alteração da envolvente na sustentabilidade de edifícios de habitação: estudo de caso

O presente projecto procura dar um contributo para o problema da sustentabilidade dos edifícios de habitação, sob vários aspectos relacionados essencialmente com as soluções construtivas da sua envolvente opaca, dos seguintes pontos de vista: - Desempenho energético e ambiental; - Aspectos construtivos; - Aspectos económicos. Para tal, é feita uma introdução teórica à problemática, uma síntese da legislação em vigor, aplicável em particular aos edifícios de habitação, e é estudada a sensibilidade do desempenho de um edifício de habitação unifamiliar típico, sujeito a diferentes espessuras do isolamento térmico da sua envolvente opaca, nomeadamente da zona corrente de paredes e elementos horizontais, analisando-se a sua relevância através dos seguintes indicadores: o Espessura do isolamento térmico versus necessidades nominais anuais de energia útil para aquecimento e arrefecimento; o Espessura do isolamento térmico versus necessidades nominais anuais de energia primária e benefício ambiental baseado na redução da emissão de CO2; o Espessura do isolamento térmico versus poupança com a energia final e retorno do investimento, considerando-se um período de referência para a vida útil da solução construtiva de 30 anos. Procura-se, assim, determinar, para várias espessuras de isolamento térmico, qual a mais conveniente, atendendo à análise do desempenho energético, ambiental, à poupança e ao custo da construção para um ciclo de vida de 30 anos do edifício. Foi assumida como gama de espessuras mais convenientes as que no limite já não apresentam decréscimos de Nic e poupança maiores que 1%/cm adicional da espessura do isolamento. A sensibilidade do desempenho dos edifícios requer uma análise multicritério do benefício, atendendo a diversos pontos de vista – desempenho térmico, desempenho ambiental, limitação construtiva e payback/valor actual líquido