A pobreza exposta: o cirujeo na cidade de Buenos Aires (2002-2007)

From an ethnographic perspective, this paper will focus on analyzing how «cirujas» —as people collecting reusable materials from waste are— are readapting themselves to the current urban space in the city of Buenos Aires (Argentina), and how they confront stigmatizing social discourses. An account of theses uses and the strategies they formulate to face social differentiation they use to live with, to resist or coexist with stigmatizing stereotypes condemning them is provided. At the same time, by focusing on urban spaces with interacting groups from different socio-economic sectors, the idea of social segregation will be challenged, by showing these processes come along with new encounter modalities between the different social groups based on the realization of a differentiated use of public space.En este artículo nos interesa analizar, desde un enfoque etnográfico, cómo los «cirujas», nombre con el que se conoce a las personas que recolectan materiales reutilizables de la basura, se reapropian en la actualidad del espacio urbano de la ciudad de Buenos Aires (Argentina) y cómo enfrentan a los discursos sociales que los estigmatizan. Se dará cuenta de estos usos y de las estrategias que elaboran para enfrentar la diferencia social con la que conviven a diario, para resistir o convivir con los estereotipos estigmatizantes que los condenan. Al mismo tiempo, al centrarnos en los espacios urbanos donde entran en contacto grupos de diferentes sectores socioeconómicos, se pondrá en tensión la idea de segregación social, al mostrar que estos procesos se ven acompañados de nuevas modalidades de encuentro entre los diferentes grupos sociales a partir de la realización de un uso diferenciado del mismo espacio público.Nosso interesse neste artigo é analisar, a partir de um enfoque etnográfico, como os «cirujas» – termo pelo qual são conhecidas as pessoas que coletam materiais reutilizáveis do lixo – atualmente se apropriam do espaço urbano da cidade de Buenos Aires (Argentina) e como enfrentam discursos sociais que os estigmatizam. Busca-se dar conta dos usos e das estratégias que elaboram para enfrentar a diferença social com a qual convivem diariamente, seja para resistir ou para conviver com os estereótipos estigmatizantes que os condenam. Ao mesmo tempo, ao enfocarmos espaços urbanos nos quais interagem grupos de diferentes setores sócio-econômicos, testaremos a idéia da segregação social ao demonstrar que estes processos são acompanhados de novas modalidades de encontro entre distintos grupos socais a partir do uso diferenciado do mesmo espaço público