Comparação de lesões radiolúcidas dos maxilares avaliadas em radiografia panorâmica e tomografia computadorizada

No presente trabalho, teve-se como objetivo comparar as características das lesões radiolúcidas dos maxilares, bem como suas hipóteses de diagnóstico, quando avaliadas em radiografia panorâmica e tomografia computadorizada. Para isso, foram selecionados 20 casos de lesões radiolúcidas dos maxilares, sendo que cada um deles deveria ter radiografia panorâmica, tomografia computadorizada e histopatologia com diagnóstico final. Quatro examinadores avaliaram as imagens de forma independente e aleatória em diferentes momentos, sendo primeiro a radiografia panorâmica e depois a tomografia computadorizada, sem conhecer o diagnóstico histopatológico e sem associar os exames. As características analisadas nas imagens foram: loculações, limites, conteúdo interno, expansão da cortical óssea, perfuração da cortical óssea, deslocamento dentário, reabsorção radicular externa e deslocamento de estruturas anatômicas da região. Para a análise estatística, o teste de McNemar e o teste t foram realizados para as características qualitativas das lesões radiolúcidas e para a área, respectivamente. De acordo com os testes estatísticos, a tomografia computadorizada foi superior somente na avaliação da expansão e perfuração óssea cortical. Não foi encontrada diferença entre a radiografia panorâmica e a tomografia computadorizada para as demais características e para a hipótese de diagnóstico das lesões radiolúcidas. Foi possível concluir que, em geral, a radiografia panorâmica e a tomografia computadorizada são equivalentes na avaliação de lesões radiolúcidas dos maxilares. Portanto, o pedido de tomografia computadorizada não deve ser realizado de forma indiscriminada e deve ser ponderado para cada caso, considerando a dose de radiação envolvidaThe aim of this study was to compare the characteristics of radiolucent lesions of the jaws, as well as their diagnostic hypothesis, when assessed by panoramic radiography and computed tomography. Twenty cases of radiolucent lesions of the jaws were selected; each of them should have panoramic radiography, computed tomography and final diagnosis by histopathology. Four examiners assessed the imagens independently and randomly in different moments, being first the panoramic radiography and then the computed tomography, without knowing the histopathology diagnosis and without associating the exams. The characteristics evaluated in the images were: loculations, limits, internal content, bone cortical expansion, bone cortical perforation, tooth displacement, external root resorption and displacement of anatomical structures of the region. For statistical analysis, the McNemar test and the t test were performed for qualitative characteristics of the radiolucent lesions and for the area, respectively. According to the statistical tests, the computed tomography was superior only in the assessment of cortical bone expansion and perforation. No difference was found between the panoramic radiography and the computed tomography for the other characteristics and for the diagnostic hypothesis of the radiolucent lesions. In conclusion, in general, the panoramic radiography and the computed tomography are equivalent in the assessment of radiolucent lesions of the jaws. Therefore, the request of computed tomography should not be performed indiscriminately and should be thought for each case considering the radiation dose involve