Evaluation of postoperative pain after endodontic treatment in patients who underwent head and neck radiotherapy

Objetivo: Avaliar dor pós-operatória após tratamento endodôntico em pacientes submetidos a radioterapia de cabeça e pescoço e a necessidade de medicação sistêmica (analgésico) para controle de dor vinte e quatro horas e uma semana após o término do tratamento. Métodos: Foram selecionados 10 pacientes que apresentavam neoplasias malignas na região de cabeça e pescoço e que necessitavam de tratamento endodôntico. Foram tratados 35 dentes desses pacientes, porém devido à dificuldade em encontrar todas as informações nas fichas dos mesmos, foram incluídos 26 dentes nesse estudo. Foram coletados os dados de anamnese e feitos os testes de diagnóstico de palpação, percussão vertical, testes de vitalidade pulpar através do teste ao frio e teste elétrico. Também foi avaliada sintomatologia inicial e, então, o tratamento endodôntico com ampliação foraminal no comprimento total do canal radicular foi conduzido. Vinte e quatro horas e uma semana após o término do tratamento foi feito contato telefônico e avaliada a dor em uma escala de 0 a 10 e a necessidade de medicação pós-operatória. Foi feita estatística pelos testes Kruskal-Wallis, Mann Whitney e Friedman para comparar as amostras com um nível de significância de 5%. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas de dor pós-operatória ou ingestão de medicação pelos pacientes independentemente da sintomatologia inicial, diagnóstico pulpar e periapical ou testes de diagnóstico clínicos. A incidência de dor pós-operatória após 24 horas do tratamento foi semelhante à pré-operatória e maior que uma semana após (p=0,0388). Quando comparados os testes de sensibilidade pulpar, pode-se verificar que o teste térmico apresentou um número menor de casos negativos (10/23) que o teste elétrico (3/23), diferença estatisticamente significante (Wilcoxon ¿ p=0,0107). Não houve ao menos uma ocorrência em que o teste elétrico foi negativo e o térmico positivo. Entretanto, por 7 vezes o teste térmico foi negativo e o elétrico foi positivo. Conclusão: A incidência de dor pós-operatória após tratamento endodôntico com ampliação foraminal é baixa em pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço, principalmente de intensidade leve e há remissão após uma semana. Não há relação entre dor pré-operatória com a presença de dor pós-operatória, assim como com os diferentes diagnósticos pulpares, periapicais e testes clínicos. Os testes de sensibilidade pulpar térmico e elétrico tiveram resultados divergentesAim: To evaluate postoperative pain after endodontic treatment in patients submitted to head and neck radiotherapy and the need for systemic medication (analgesic) to control pain twenty-four hours and one week after the treatment. Methods: Ten patients with head and neck malignant neoplasms were selected and required endodontic treatment. Thirty-five teeth of these patients were treated, but due to the difficulty in finding all the information in the files, 26 teeth were included in this study. The anamnesis data were collected and the diagnostic tests of palpation, vertical percussion, pulp vitality tests (cold test and electrical tests) were performed. Initial symptomatology was also evaluated and endodontic treatment with foraminal enlargement in the total root canal length was conducted. Twenty-four hours and one week after the treatment the patient was contacted by phone and the pain was evaluated on a 0 to 10 scale and the need for postoperative medication. Statistical analysis was performed using the Kruskal-Wallis, Mann Whitney, Friedmanand Wilcoxon tests to compare samples with a significance level of 5%. Results: There were no significant differences in postoperative pain or ingestion of medication by patients regardless of initial symptomatology, pulp and periapical diagnosis or clinical diagnostic tests. The incidence of postoperative pain after 24 hours of treatment was like preoperative pain and greater than one week after (p = 0.0388). When comparing the pulp sensitivity tests, cold test presented a smaller number of negative cases (10/23) than the electrical test (3/23), a statistically significant difference (Wilcoxon - p = 0.0107). There was no occurrence in which the electrical test was negative and the thermal test positive. However, for 7 times the cold test was negative and the electric test was positive. Conclusion: The incidence of postoperative pain after endodontic treatment with foraminal enlargement is low in patients submitted to head and neck radiotherapy, mainly of mild intensity and remission after one week. There is no relation between preoperative pain and the presence of postoperative pain, as well as with the different pulpal, periapical and clinical tests. Cold and electrical pulp sensitivity tests had divergent result