Avaliação da relação do assoalho do seio maxilar com os ápices dos terceiros molares superiores por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico e a radiografia panorâmica

O objetivo neste estudo foi pesquisar qual é a imagem que oferece melhor informação qualitativa e quantitativa, comparando a radiografia panorâmica com a tomografia computadorizada de feixe cônico nos três cortes (coronal, sagital e parasagital), na avaliação da relação entre o seio maxilar e os ápices dentais dos terceiros molares. Para tanto, foi utilizada uma amostra de conveniência de 60 imagens de radiografia panorâmica e de TCFC, dos mesmos pacientes. Três observadores calibrados avaliaram um total de 108 dentes (324 raízes), que foram classificados de acordo com sua relação topográfica e mensurados quando o ápice se encontrava aquém ou além do assoalho do seio maxilar, em ambas as modalidades de imagens. Concordância entre as duas técnicas de imagens foram examinadas estatisticamente. Após um intervalo de 30 dias, a avaliação foi repetida em 25% da amostra para avaliar estatisticamente a concordância intra- e inter-observador; os valores encontrados para o Kappa ponderado na avaliação qualitativa e o coeficiente de correlação intraclasse para a avaliação quantitativa representaram correlação entre considerável e excelente, respectivamente. Para observar a concordância entre as duas imagens, o Kappa ponderado na avaliação qualitativa mostrou uma concordância aceitável para todas as raízes. Quando comparados os valores da avaliação quantitativa pelo coeficiente de regressão linear, todos os coeficientes de determinação (R-Square) são menores a 60%. Concluiu-se que a radiografia panorâmica subestimou a posição das raízes, quando essas se encontravam projetadas no seio maxilar quando comparado com imagens por TCFC e que os cortes da TCFC que mostraram melhor reprodutibilidade foram os cortes sagital e coronal. Assim nesta mesma imagem se observou que os terceiros molares se encontram em disto inclinação e mais palatinizados.The purpose of this study was to investigate which is the image that offers better qualitative and quantitative information comparing the panoramic radiography with cone beam computed tomography in the three views (coronal, sagittal and parasagittal), in evaluating the relationship between maxillary sinus and dental apices of third molars. For this purpose, a convenience sample of 60 images of panoramic radiography and CBCT, from the same patients was used. Three calibrated observers evaluated a total of 108 teeth (324 roots), which were classified according to their topographic and measured when the apex was below or above the sinus floor in both imaging modalities. Agreement between the two imaging techniques was examined statistically. After an interval of 30 days, the assessment was repeated in 25% of the sample to statistically evaluate the intra-and inter-observer agreement; the values found for the weighted kappa in the qualitative assessment and the intraclass correlation coefficient for the quantitative assessments represented considerable and excellent correlation, respectively. To observe the correlation between the two images, the weighted kappa in the qualitative evaluation showed an acceptable agreement for all roots. Comparing the quantitative evaluation by linear regression coefficient, all coefficients of determination (R-Square) are smaller than 60%. It was concluded that panoramic radiography underestimated the position of the roots when these were projected in the maxillary sinus compared with CBCT images and the views of the CBCT which showed better reproducibility were the sagittal and coronal views. Moreover, the third molars are in disto-inclination and palatinized