Avaliação da prevalência de calcificações na artéria carótida em radiografias panorâmicas e de sua relação com hipertensão arterial e obesidade

A radiografia panorâmica tem importante papel na detecção de ateromas calcificados na artéria carótida, em pacientes assintomáticos que estão em tratamento odontológico. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a prevalência de calcificações na artéria carótida em radiografias panorâmicas, bem como sua relação com hipertensão arterial e obesidade. Para isso, pacientes com mais de trinta anos de idade que compareceram na Clínica de Radiologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), para realização de radiografia panorâmica e que concordaram em participar do estudo, além da obtenção da imagem, tiveram pressão arterial aferida, peso corporal e estatura coletados, para calcular o índice de massa corpórea (peso/altura2) e circunferência abdominal. Após obtenção dos dados clínicos, o examinador avaliou a imagem panorâmica em negastocópio. Nessa avaliação, foi definida a presença ou ausência de massa radiopaca irregular na região das vértebras cervicais C3-C4. Quando a presença de imagem radiopaca nessa região era detectada, uma radiografia ântero-posterior foi realizada para confirmação do diagnóstico. Todos os dados foram anotados em uma planilha desenvolvida para esse fim e tabulados para análise estatística. Para avaliação da relação entre os fatores estudados (gênero, idade, hipertensão arterial e obesidade) e a prevalência de calcificações, foi utilizado o teste do Qui-quadrado. A ocorrência de calcificação carotídea foi de 8,1% (n= 33), 4,7% delas eram unilaterais e 3,5%, bilaterais. A faixa etária com maior prevalência foi a de 70 anos ou mais. Pacientes hipertensos apresentaram maior prevalência (12,93%) do que os sem hipertensão arterial. Não houve influência estatisticamente significativa na ocorrência de calcificação carotídea quando se considerou o gênero e a obesidade. Foi possível concluir que a prevalência de ateroma na população estudada foi de 8,1%, sendo que a idade e a hipertensão arterial foram os fatores de risco encontrados.Panoramic radiography has an important part in detection of calcified carotid artery atheroma in asymptomatic patients who are in dental treatment. The purpose of this study was to evaluate the prevalence of carotid artery calcifications on panoramic radiographs and their relationship with hypertension and obesity. For this reason, patients with more than thirty years of age who attended the Clinic of Radiology, School of Dentistry of Piracicaba (FOP), for panoramic radiography and who agreed to participate in the study, in addition to obtaining the image had measurements of pressure measured pressure, body weight and height collected to calculate the body mass index (weight/height2) and waist circumference. After obtaining the clinical data, the examiner evaluated the picture on negatoscope. In this evaluation, was defined the presence or absence of irregular radiopaque mass in the region of the cervical vertebrae C3-C4. When the presence of radiopaque image in this region was detected, an anteroposterior radiograph was performed to confirm the diagnosis. All data were recorded in a spreadsheet developed for this purpose and tabulated for statistical analysis. To assess the relationship between the studied factors (gender, age, hypertension and obesity) and the prevalence of calcification, we used the chi-square test. The occurrence of carotid calcification was 8.1% (n = 33), 4.7% were unilateral and 3.5% bilateral in patients of both genders, over 30 years. The age group with higher prevalence was 70 years or more. Hypertensive patients had higher prevalence (12.93%) than patients that did not present hypertension. There was no statistically significant influence on the occurrence of carotid calcification when considering the gender and obesity. It was concluded that the prevalence of atheroma in the studied population was 8.1%, and the age and hypertension were found as the risk factor