O sistema de regulação em biotecnologia agrícola : facilitador ou fonte de conflito?

Os EUA e a União Européia possuem distintas maneiras de relacionar-se institucionalmente com o advento da biotecnologia na agricultura mundial. Tal tecnologia apresenta grande potencial para combater o déficit alimentar enfrentado em diversos países do mundo. Os EUA possuem um sistema regulatório bastante fluído e flexível, sem grandes entraves para a difusão desta nova tecnologia. O país adota o princípio da equivalência substancial, que tem como sua principal característica a crença de que os organismos geneticamente modificados são equivalentes aos seus similares convencionais. A União Européia, por seu turno, adota o princípio da precaução, que advoga que até que os riscos da biotecnologia sejam devidamente escrutinados deve-se manter urna posição cautelosa e adotar políticas preventivas que visem evitar possíveis problemas ambientais e de saúde. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho é avaliar de que maneira as diferentes posturas das potências mundiais impactam na agricultura de países em desenvolvimento, em especial nos países africanos. Também será abordado o caso da China, que surge paulatinamente como um terceiro pólo de influência na regulação da biotecnologia agrícola mundialNot Informe