Aula de reforço no pré? : procurando o brincar numa pre-escola em Vinhedo (SP)

As reflexões que se seguirão no decorrer deste trabalho são fruto de um estudo de caso sobre o brincar com uma turma de pré num Centro de Educação Infantil (CEDI) Enquanto oportunizadora de múltiplas relações, as creches e as pré-escolas são espaços de educação e cuidados coletivos, na esfera pública, que propiciam as criancas o contato e a interação com outras crianças e adultos(as), dentro de suas diferenças: deidade, de etnia, de cultura, de gênero, de classe, entre outras diversidades. Ao buscar nesta sala de pre uma Pedagogia da Educação Infantil, observo a organização dos diversos espaços físicos do CEI, relaciono tal organização à maneira como as crianças brincam, interagem e ocupam esses espaços, e ainda focalizo o papel da professora enquanto organizadora do trabalho pedagógico dentro de uma estrutura espaço-temporal que considere os direitos e os interesses dessas crianças. A Educação Infantil se caracteriza como a primeira etapa da Educação Básica, garantida na Nova LDB de 1996 e, destina-se à criança de O a 6 anos de idade. Ela não é obrigatória, é um direito da criança, um dever do Estado e dessa maneira, uma opção da família. Seu papel é cuidar e educar a criança pequena, complementando os cuidados e a educação realizados pela família, e nesse sentido, não se constitui um pré-requisito para o ingresso das crianças na escola. Sendo assim, a pesquisa surge com o preocupante fato de presenciarmos hoje em muitas escolas de educação infantil uma proposta pedagógica totalmente escolarizante, onde o brincar, o lúdico e o jogo são deixados para segundo plano. Como coloca Marcellino (1990): De modo gera! o que se observa na nossa sociedade com relação a criança e\u27 a impossibilidade de vivência do presente, em nome da preparação para um futuro que não lhe pertence. Acredito que negar a possibilidade de manifestação do lúdico é negar a esperança