Afetividade nas relações de ensino-aprendizagem

O presente trabalho traz uma reflexão sobre até que ponto as dimensões afetivas podem alterar as práticas pedagógicas e o quanto as mediações vivenciadas em sala de aula contribuem para que os alunos tenham uma relação afetiva positiva com os conteúdos escolares. Procurei realizar uma reflexão sobre a minha prática e a relação entre as decisões pedagógicas assumidas por mim após estudar a tema afetividade. Aponte quais as condições nas quais se deu o meu encontro com o tema central deste trabalho, a afetividade, mostrando que os estudos realizados a partir de uma pesquisa que desenvoivi estando na escola, me proporcionaram um novo suporte à minha pratica. Para isso, trago a narrativa da história que vivenciei com um aluno que, inicialmente, se apresentava em condições adversas à escola e explicito como ter estudado o tema afetividade e auto-estima ajudaram-me a lidar com esse aluno, possibilitando-me realizar a mediação entre ele e o conhecimento. Procuro revelar algumas práticas que vêm contribuindo para uma melhoria na dinâmica de minhas aulas e para a construção da autonomia dos meus alunos em relação a suas atuações: a realização das Assembléias de Classe e o trabalho de tutoria entre meus alunos Praticas estas que tem se mostrado como favorecedoras das relações estabelecidas na sala de aula, melhorando consideravelmente as relações interpessoais. Assumo que essas relações são de natureza marcadamente afetiva, não se restringindo apenas à dimensão cognitiva. E que devo contribuir para dar um novo final para a história de fracasso do aluno que não aprende. ao considerar a afetividade, junto com a inteligência, como parte importante no processo de desenvolvimento. As discussões, considerações e reflexões baseiam-se nos estudos de Vygotsky e Walion, uma vez que ambos enfatizam o papei das interações sociais e da afetividade para a construção do conhecimento e desenvolvimento dos indivíduos