Prevalência e tratamento das deformidades dentofaciais numa população multiétnica brasileira : um estudo retrospectivo

Obietivo: O objetivo desse trabalho foi fazer uma análise retrospectiva dos pacientes portadores de deformidades dento-faciais atendidos num centro de referência no tratamento dessas alterações de uma instituição de ensino brasileira que estavam em busca de tratamento orto-cirúrgico. Materiais e Métodos; Foram avaliados os prontuários dos pacientes portadores de deformidade dento-facíais, de um único docente, da área de Cirurgia Buco-Maxíío-Facial atendidos no período de 2000 a 2008 nessa instituição. Como critérios de exclusão, estão os pacientes portadores de síndromes e fissura lábio-palatais, bem como os prontuários incompletos. Resultados: A amostra do estudo foi composta por 251 pacientes, cuja média de idade foi de 29 anos e 4 meses. As mulheres tiveram maior prevalência (60,93%), assim como a raça branca (69,22%). O principal motivo pela busca do tratamento foi o funcional (52%), seguido pela estética (27%). Quanto ao padrão esquelético, o perfil tipo classe IH teve maior incidência, sendo constatado em 55% dos pacientes, seguido pelo padrão classe II (29,5%) e o classe I (15,5%). Quanto ao tipo de deformidade, o paciente padrão classe I teve como maior prevalência a atresia maxilar (53%). No caso do padrão classe II, a principal deformidade foi a deficiência ântero-posterior de mandíbula (89%) e o classe III, a deficiência ântero-posterior de maxila (51%). Em relação ao tipo de cirurgia realizada, para os pacientes padrão classe I, o procedimento mais realizado é a expansão cirúrgica de maxila (43,6%), no classe II o avanço mandibular por osteotomias sagitais dos ramos mandibulares (39,2%) e no ciasse III, o avanço maxilar por osteotomias tipo Le Fort (24,3%). Conclusões: Os resultados desse trabalho sugerem que o perfil dos pacientes portadores de deformidades dento-faciais dessa população estudada são mulheres jovens, motivada por questões funcionais e com tendo a deformidade padrão esquelético classe 111 como a de maior prevalência