Influência de agentes clareadores aplicados em esmalte sobre a resistência de união à dentina em diferentes profundidades

Este estudo avaliou a influência de agentes clareadores em diferentes concentrações aplicados em esmalte, sobre a resistência de união em diferentes profundidades dentinárias. Vinte e quatro incisivos bovinos foram utilizados, obiendo-se três fragmentos (4x4mm) por dente. Os três fragmentos apresentavam 0,7mm de espessura de esmalte, e a espessura de dentina variou conforme o grupo experimental: 0,5mm, 1mm ou 1,5mm. Os fragmentos referentes a cada profundidade dentinária foram divididos em três grupos (n=S): G1: Sem tratamento (Controle); G2: Peróxido de Carbamida 16% (6hs/14 dias); G3: Peróxido de Hidrogênio 35% (3 aplicações de 15 minutos/cada). Após 24 h do término do clareamento em esmalte, a superfície dentinária foi restaurada com cilindros de resina composta de 2mm de diâmetro e 1mm de altura. O ensaio de micro-cisalhamento foi realizado imediatamente após a confecção da restauração, a uma velocidade de 0,5mm/min. até a fratura. Os valores, em MPa, foram analisados estatisticamente (ANOVA em parcela subdividida/Tukey α=0,05), e as médias obtidas foram: G1-0,5mm: 13.5, G1-1mm: 9.64, G1-1,5mm: 11.68; G2-0,5mm: 9.48, G2-1mm: 9.44, G2-1,5mm: 11.64: G3-0,5mm: 9.01, G3-1mm: 9.27. G3-1,5mm: 7.63. Independentemente da profundidade dentinária avaliada, os grupos clareados apresentaram valores de resistência de união semelhantes ao do grupo controle. No entanto, diferenças significativas entre as profundidades foram observadas (p-0,02); e os menores valores de resistência de união foram detectados na dentina profunda (1,5mm). Pode-se concluir que a difusão dos agentes clareadores através do esmalte não foi capaz de alterar □ resistência de união à dentina, sendo esta influenciada apenas pela morfologia/profundidade do substra