Complicações locais da anestesia local odontológica

Os anestésicos locais constituem o grupo de medicamentos mais prescritos e administrados pelos cirurgiões-dentistas. A incidência de complicações associadas ao uso desses fármacos em odontologia é baixa em relação ao seu uso, o que pode levar à conclusão de que os mesmos são extremamente seguros, ou ainda que muitas ocorrências não são publicadas, seja por serem reversíveis, ou por falha do profissional. As complicações decorrentes da anestesia odontológica podem ser classificadas em locais, restritas à cavidade oral ou face, e sistêmicas, decorrentes de níveis sanguíneos elevados do fármaco, ou mais raramente, por reação alérgica aos componentes da solução anestésica. As alterações locais incluem dor e queimação à injeção, parestesia, trismo, hematoma, edema, fratura de agulha, injúria em tecidos moles, paralisia do nervo facial, infecção, lesões em mucosa, necrose dos tecidos, e complicações oftálmicas como diplopia, cegueira temporária, midríase, ptose palpebral e Síndrome de Horner. Em geral todas as complicações locais decorrentes da anestesia local odontológica são reversíveis e podem facilmente ser evitadas pelo uso de técnica correta de anestesia local (adequada à anatomia do paciente), manuseio adequado do instrumental de anestesia, conhecimento das soluções anestésicas e adesão ao protocolo de anestesia segura, com injeção lenta e aspiração prévia. O objetivo desta revisão é avaliar as principais complicações locais após anestesia local com relação à prevenção e forma de tratamento