alfabetização e afetividade

iano escolar está repleto de hipóteses, certezas, incertezas e descobertas. Crianças entre seis e sete anos chegam ao primeiro ano do ensino fundamental carregadas de bagagens pessoais que são os conhecimentos que trazem do meio em que vivem. No âmbito escolar devem seguir regras, decifrar códigos que são muito complexos. Enquanto isso, mais e mais escolas são construídas com o propósito de "escolarizar" todas as crianças em idade escolar. Fala-se muito, atualmente, em melhorar a qualidade do ensino das escolas públicas, mas o que se vêem são problemas como o excesso de alunos por sala, e professores que mesmo muito dedicados sentem-se frágeis diante da situação precária em que vivem. Os professores das séries iniciais do ensino fundamental são apontados como culpados pelo sucesso ou fracasso dos alunos, pois se justifica que é fundamental alfabetizar todos plenamente, já no primeiro ano, mesmo quando o sistema de ensino é dividido em ciclos. Preocupada com essa situação e levando em conta que, como profissional da educação e alfabetizadora, devo procurar desenvolver meu papel buscando formas de minimizar os problemas que enfrento diariamente, e principalmente encontrar maneiras de possibilitar a aprendizagem efetiva dos alunos. A partir das teorias de Vigotsky (1998), Wallon (1975) e Paulo Freire (1995), dentre outros, passo a refletir neste memorial sobre qual é o papel do professor alfabetizador na formação do indivíduo. Este trabalho encontra-se estruturado em duas partes. No primeiro momento falaremos sobre como o professor alfabetizador deve proceder no início do processo de alfabetização, considerando os diferentes níveis de letramento da turma, e no segundo momento discutiremos como a afetividade pode interferir positivamente no processo de alfabetização