Caminhos e reflexões de uma educadora

s. Memórias são subjetivas. Não são apenas registros fotográficos. Cada pessoa traz consigo uma interpretação dos fatos acontecidos, e quando são trazidos a tona, podem sofrer distorções dependendo do tempo em que aconteceram, do contexto histórico da época do acontecimento e do atual, dos valores e da visão do indivíduo. Não precisam ser lineares, os acontecimentos do momento podem fazer aflorar aquela lembrança há muito adormecida ou que se pensava não existir mais. Durante o curso muitas lembranças foram trazidas diante do que foi estudado. Umas alegres, outras nem tanto, mas que servem de parâmetro para compararmos a educação de hoje e pela qual passamos durante nossa infância e magistério. Neste trabalho procuro narrar alguns fatos da minha infância, dos primeiros contatos com a escola, minhas alegrias e angústias; fatos que mostram que o que foi interiorizado diz respeito mais as relações afetivas do que ao conteúdo - pois afetividade e cognição nem sempre caminhavam pela mesma estrada - seguida da formação e prática como professora na educação infantil, a conquista da formação superior e minhas reflexões, alegrias e decepções como educadora diante do que foi visto no curso de pedagogia. Procuro mostrar que nos caminhos da nossa mente entrelaçam-se sentimentos, pensamentos, valores, crenças, sonhos, e em vista desse pensamento, levar em conta que o ser humano é complexo, sendo necessário considerar o papel da afetividade em nossas relações dentro e fora da escola e sua importância para a construção do indivíduo. As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores. (Cláudio Saltini, 1997) Diante disso observamos a necessidade do respeito para com a criança, não paparicando-a1 com expressões e falas que podem não ser verdadeiras, mas sim fazendosxdfdvs com que ela sinta-se amada, aceita, acolhida e ouvida para que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado. E o professor é quem cria condições para que a criança se interesse e queira estar sempre em busca. Procuro mostrar também que, a postura do professor pode influenciar nas percepções e nos interesses das crianças que, em cada faixa etária se diferenciam no modo pensar e de sentir o mundo. Enfim procurar entender que afetividade e cognição devem andar sempre juntas em busca de uma aprendizagem significativa