Evidence-based psychotherapies for borderline personality disorder

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2017Borderline personality disorder (BPD) has an estimated prevalence of 0.5%-1.4% in the general population and represents 9% of all emergency department visits. In the clinical population is, by far, the most prevalent personality disorder, accounting for 15%-25%. These patients tend to have a great affective, humor and self-image instability as well as pronounced impulsivity, self-destructive behavior and frequent suicide attempts. They are classically known as extremely difficult to treat, with frequent hospital admissions and readmissions, associated with high socio-economic burden without an effective treatment. This study aims to identify current evidence-based treatments for BPD pathology. A PubMed and Cochrane search was performed and level 1, 2 and 3 evidence-based articles were included in this review as well as other relevant bibliography. Psychotherapies are considered first line evidence-based treatment for these patients. In a global fashion and with adequate time duration implementation, it can reduce suffering, as well as hospital admissions, emergency department visits, treatment drop-out and suicide rate. In a significant number, it can also revert BPD diagnosis. Five evidence-based psychotherapies were found: Mentalization-based therapy (MBT), Dialectical behavioral therapy (DBT), Transference-focused psychotherapy (TFP), Schema-focused Therapy (SFT) and Systems Training for Emotional Predictability and Problem Solving (STEPPS). Currently, DBT, MBT and TFP are considered the most effective for BPD symptoms and related problems. Treatment economic burden is also being continuously investigated, showing that psychotherapy treatment costs are outweighed by the long-term benefits.A perturbação de Personalidade Borderline (PPB) tem uma prevalência estimada de 0.5% -1.4% na população em geral e representa 9% de todas as visitas ao serviço de urgência. Na população clinica psiquiátrica é a perturbação de personalidade mais prevalente, estimada entre 15% a 25%. Trata-se de doentes que apresentam uma grande instabilidade afectiva, do humor e da auto-imagem, com marcada impulsividade e comportamentos parassuicidários e suicidários muito frequentes. São classicamente conhecidos como extremamente difíceis de tratar, com internamentos e reinternamentos frequentes, associados a elevados custos socioeconómicos, sem a aplicação de um tratamento eficaz. Este estudo visa identificar os tratamentos actuais, baseados na evidência científica, adequados para o tratamento desta patologia. Foram incluídos nesta revisão bibliográfica artigos com nível de evidência 1, 2 e 3, consultados a partir da base de dados PubMed e Cochrane, assim como outra bibliografia considerada pertinente. As psicoterapias são consideradas o tratamento baseado na evidência de primeira linha para estes doentes. De uma forma global e com uma duração adequada, reduzem o sofrimento, diminuem significativamente o número de internamentos, de visitas ao serviço de urgência, de abandono ao tratamento e de taxas de suicídio. Numa percentagem considerável de casos, induzem a remissão diagnóstica desta patologia. De acordo com a pesquisa efectuada, foram encontrados cinco tipos de psicoterapias actualmente consideradas evidence-based: Mentalization-based therapy (MBT), Dialectical behavioral therapy (DBT), Transference-focused psychotherapy (TFP), Schema-focused Therapy (SFT) e Systems Training for Emotional Predictability and Problem Solving (STEPPS). Actualmente, a DBT, MBT e TFP, são consideradas as mais efectivas para o tratamento dos sintomas e problemas relacionados com a patologia. O impacto económico deste tipo de tratamento tem vindo a ser investigado, apontando para uma boa relação custo-efectividade, sendo que os seus custos associados são superados pelos benefícios a longo prazo