O artigo pretende comparar noções de caráter e personalidade presentes em textos de Fromm, Horkheimer e Adorno de 1930 e 1940. A comparação tem como norte o delineamento de diferentes concepções de antropologia baseadas em duas leituras da teoria freudiana. De um lado, temos a teoria da falência da família como mediadora entre indivíduo e sociedade, formando um caráter “coeso” e socialmente adaptado por influência direta de instituições sociais. Neste âmbito, é enfatizada a teoria freudiana do desenvolvimento das fases sexuais individuais e a denúncia de Freud enquanto um “idealista” por não levar em consideração as determinações sociais. De outro lado, vemos uma antropologia mediada pela mercadoria, levando a uma centralidade crítica da re...