Vilas operárias e higienismo na cidade de Vitória, as iniciativas governamentais no Espírito Santo - Brasil

As vilas operárias foram a materialização habitacional da política higienista promovida pelos governos para a transformação das cidades - novos padrões funcionais e formais. O processo de industrialização foi propulsor dessas alterações em busca de um habitat operário compatível com as necessidades básicas de reprodução da força de trabalho. A participação de médicos e engenheiros sanitaristas norteou as reformas urbanas. Em Vitória o engenheiro Saturnino de Brito projetou o “Novo Arrabalde” em 1896 onde previu duas vilas operárias. A construção de moradia para os empregados remete ao período da escravidão, porém na cidade as vilas operárias estão relacionadas ao período industrial e como o café permaneceu por mais tempo como principal produto da economia capixaba as vilas surgiram a partir da primeira década do século XX. Em Vitória a formação de cortiços foi tímida e não houve corrida no início do século passado por habitação na região central. O aterro e loteamento do Campinho, concluído em 1912 e a construção de vinte e oito casas para funcionários estatais em suas imediações foram às primeiras iniciativas do governo relacionadas à habitação operária na cidade. As vilas operárias em Vitória, suas causas e simbolismos são análises que o presente trabalho propõe-se realiza