The Society of the Spectacle and the contemporary urban environment: a geographic approach to the thinking of Guy Debord

O trabalho em pauta pretende analisar a obra do teórico francês Guy Debord a partir de uma abordagem geográfica. A participação desse intelectual entre os anos 1950 e 1960 junto a grupos neovanguardistas e como um dos principais artífices intelectuais dos eventos conhecidos como o Maio de 1968, em Paris, é bem conhecida. Soma-se a isso a publicação, em 1967, de A sociedade do espetáculo. Considerado um tour de force contra a tirania das mídias e seu poder de alienar o homem comum, o livro de Debord transforma-se em um dos textos-base e influência para movimentos contestadores mundo afora. Ao mesmo tempo seu pensamento passa a ser interpretado pelas mais diferentes vertentes acadêmicas como a Filosofia, a Sociologia, História, Antropologia, Arquitetura e as Ciências da Comunicação. Nesse contexto, o presente trabalho propõem uma análise do pensamento desse autor mais especificamente sua teoria de sociedade do espetáculo sob a luz da Geografia, mais especificamente da vertente dessa ciência ocupada com o meio urbano. Ao aproximarmos Guy Debord da Geografia observamos que há, de fato, vários espetáculos que manifestam-se de formas diferentes nos diversos cenários constituintes da cidade capitalista. Essa natureza plural, que apresenta paralelismos, convergências e divergências entre a teoria do espetáculo e o pensamento geográfico urbano, torna-se de grande interesse prático e teórica para nosso repertório geográfico. É, pois, a partir dessas conclusões iniciais e seus possíveis desdobramentos que esse trabalho será organizado.The work in question intends to analyze the work of the french theorist Guy Debord from a geographical approach. The participation of this intellectual between the 1950s and 1960s together with neo-avant-garde groups and as one of the main intellectual artificers of the events known as the May 1968 in Paris is well known. Add to that the publication, in 1967, of The Society of the Spectacle. Considered a tour de force against the tyranny of the media and its power to alienate the common man, Debord's book becomes one of the base texts and influence for contending movements around the world. At the same time it begins to be interpreted by the most different academic aspects such as Philosophy, Sociology, History, Anthropology, Architecture, Communication Sciences and also Geography. The purpose of this Masters thesis is to analyze the author's thinking - specifically his theory of the society of the spectacle - under the light of Geography, more specifically that part of this science occupied with the urban environment. This approach is justified from the moment That Debordian thought contemplates themes dear to contemporary geography: urban restructuring, the commercialization of the city in the world market of cities, the right to the city and the roles of social agents are some of them. But what kind of parallels, convergences and divergences between the theory of spectacle and urban geographic thought can we ascertain? What are the possible criticisms of Guy Debord's spectacular theory? What is its practical and theoretical utility for our geographical repertoire? In investigating such questions we intend to illuminate our general problematization: how, in a geographic context that privileges the urban environment, can we accept the theory of the society of the spectacle as an analytical tool of socio-spatial reality? It is, therefore, from these questions, their answers and possible unfolding that this work will be organized