Timor Loro Sa'e : la destructuration d'un territoire

Timor Loro Sa'e : a destruturação de um território O território e as populações de Timor Loro Sa'e, foram submetidas desde há 450 anos a uma série de pressões e de factores destruturantes. A colonização portuguesa, realizada através de alianças e de conflitos com os poderes locais, traduziu-se por pouco investimentos. A ocupação japonesa foi uma das mais mortíferas da Segunda Guerra Mundial. Mas as perturbações mais importantes foram provocadas pela ocupação militar indonésia de 1975 a 1999. Após ter estado à origem do desaparecimento de mais do terço da população, o exército organizou a economia e o desenvolvimento dos equipamentos para servir os seus próprios interesses. Quanto aos Timorenses, eles manifestaram o seu descontentamento por uma resistência passiva sistemática que permitiu chegar ao referendum de Agosto de 1999. Desde esta data, o processo de acessão à independência está em curso sob a protecção da Onu, mas continuam a existir muitas dificuldades. A pressão do exército indonésio e das suas milícias permanece forte, tanto nas fronteiras como sobre as dezenas de milhares de refugiados que vivem ainda em Timor-Oeste. Por outro lado, o território terá no futuro de resolver a questão das numerosas disparidades, culturais, económicas ou espaciais que não cessam de acentuar-se com a chegada repentina da ajuda internacional.Timor Loro Sa'e : De-Structuring a Territory For 450 years, the territory and populations of Timor Lorosa'e suffered from a series of pressures and destabilising factors. The Portuguese colonisation, made of alliances and conflicts with the local powers, resulted in few investments. The Japanese occupation was one of the most murderous in the Second World War. But the most dramatic events are due to the Indonesian military occupation from 1975 to 1999. Besides being responsible for the disappearance of at least one third of the population, the Indonesian army organised the economy and equipment to serve its own interests. The Timorese expressed their rejection of this new colonialism by a systematic passive resistance which ended in the referendum of August 1999. Since then, Timor Loro Sa'e has started a process of accession to independence under the aegis of the United Nations, but many difficulties remain. The Indonesian army and its militia still exert pressure at the borders as well as on tens of thousands of refugees in West-Timor. Furthermore, the country will have to solve many disparities in the future, such as cultural, economic and territorial, which the sudden arrival of the international assistance is increasing.Timor Loro Sa'e : la déstructuration d'un territoire Le territoire et les populations de Timor Loro Sa'e, ont été soumis depuis 450 ans à une série de pressions et de facteurs déstructurants. La colonisation portugaise faite d'alliances et de conflits avec les pouvoirs locaux s'est traduite par peu d'investissements. L'occupation japonaise a été l'une des plus meurtrières de la deuxième guerre mondiale. Mais les perturbations les plus importantes sont dues à l'occupation militaire indonésienne de 1975 à 1999. Après avoir été à l'origine de la disparition de plus du tiers de la population, l'armée a organisé économie et développement des équipements pour servir ses propres intérêts. Les Timorais quant à eux ont manifesté leur refus par une résistance passive systématique qui a permis d'aboutir au référendum d'août 1999. Depuis cette date, le processus d'accession à l'indépendance est en cours sous l'égide de l'Onu, mais des difficultés demeurent. La pression de l'armée indonésienne et de ses milices reste forte, tant aux frontières que sur les dizaines de milliers de réfugiés qui vivent encore à Timor-Ouest. Par ailleurs le territoire aura à résoudre à l'avenir la question des nombreuses disparités, culturelles, économiques ou spatiales que l'arrivée soudaine de l'aide internationale ne fait qu'accentuer.Durand Frédéric. Timor Loro Sa'e : la destructuration d'un territoire. In: Lusotopie, n°8, 2001. Timor Les défis de l'indépendance. pp. 215-232