Space and time downtown Rio de Janeiro: multiple spatiality of corporate citadel of Santo Antônio

A presente tese tem como objetivo compreender as múltiplas e contraditórias espacialidades da Cidadela empresarial de Santo Antônio, no centro do Rio de Janeiro. Esse recorte espacial abrange as Avenidas República do Chile e República do Paraguai, denominado pelo senso comum esplanada de Santo Antônio, e sua área de expansão em direção ao novo bairro da Lapa. A análise de suas espacialidades nos remete à noção de cidadela, isto é, uma área produzida e controlada por grandes corporações que por meio de barreiras físicas, procuram dificultar o acesso dos indesejáveis. A pesquisa é embasada numa proposta de reequilíbrio teórico entre espacialidade, temporalidade e sociedade, o que Edward Soja denomina Spatial Turn (virada espacial). A partir do método regressivo-progressivo proposto por Henri Lefebvre, buscamos no passado, as chaves do entendimento das espacialidades contemporâneas, construídas através das relações dialéticas entre os agentes produtores do espaço urbano. Embora a expansão atual do capital financeiro aliada aos interesses contraditórios do poder público produzam novas expressões espaciais como as torres empresariais, esse processo não ocorre sem resistência, o que reafirma o papel da espacialidade na produção do espaço urbanoThis thesis aims to understand the multiple and contradictory spatialities of corporate citadel of Santo Antônio, in the downtown area of Rio de Janeiro. This spatial area covers Avenues República do Chile and República do Paraguai, named, by common sense, esplanade of Santo Antônio, and its expansion area towards the new neighborhood of Lapa. The analysis of its spatiality leads us to the notion of citadel, i.e., an area produced and controlled by large corporations which, by means of physical barriers, seeks to hinder the access of undesirables. The research is grounded in a theoretical proposal for rebalancing spatiality, temporality and society, which Edward Soja called Spatial Turn. From the regressive-progressive method proposed by Henri Lefebvre, we search, in the past, for keys to the understanding of contemporary spatialities, built through the dialectical relationship between producing agents of urban space. Although the current expansion of financial capital coupled with the conflicting interests of the public authorities produce new spatial expressions such as office towers, this process does not occur without resistance, which reaffirms the role of spatiality in the production of urban spac