Effect of recreational soccer program about risk factors for cardiovasculars disease in obese adolescents

A obesidade na adolescência aumenta o risco de desenvolvimento precoce de doenças cardiovasculares (DCVs). A presente dissertação investigou o efeito de um programa de futebol recreativo (PFR) realizado por adolescentes com excesso de peso e obesos, sobre diferentes marcadores de risco para DCVs: variáveis bioquímicas, composição corporal, hemodinâmicas, variabilidade da frequência cardíaca e aptidão cardiorrespiratória (VO2máx). Dez adolescentes (12 a 17 anos) realizaram PFR durante 3 meses [3 vezes/semana e intensidade correspondente a 80% da frequência cardíaca máxima]. Um grupo controle eutrófico de 10 adolescentes com mesma idade foi avaliado na linha de base. O grupo PFR exibiu reduções na massa corporal (2.92%, P= 0.87), circunferência da cintura (8.30%, P= 0.002), % gordura (5.35%, P< 0.001), pressão arterial sistólica (6.25%, P= 0.02), colesterol total (10.33%, P= 0.05), triglicerídeos (19.51%, P= 0.02), proteína C-reativa (46.51%, P= 0.17), frequência cardíaca de repouso (5.71%, P = 0.11) e atividade simpática (LF) (20.21%, P= 0.05). Aumentos significativos foram encontrados para HDL (30.05%, P< 0.001), atividade parassimpática (HF e LF:HF) (25.11%, P= 0.05 e 33.33%, P= 0.05), VO2máx (21.82%, P= 0.002) e pulso de oxigênio (22.01%, P= 0.004). O padrão de variação dos marcadores de risco aproximou-se mais do padrão de variação da aptidão cardiorrespiratória, do que daquele observado para as variáveis de composição corporal. Exceto para os marcadores de composição corporal e tolerância à glicose, diferenças nos fatores de risco entre grupo de intervenção e eutróficos deixaram de existir após o PFR. Conclui-se que um programa relativamente curto de PFR foi capaz de melhorar o risco para DCVs em adolescentes com excesso de peso e obesos, independentemente de mudanças na massa corporal corporal.Obesity in adolescence increases the risk of early development of cardiovascular diseases (CVD). This study investigated the effect of a recreational soccer program (RSP) upon risk markers for CVD in overweight and obese adolescents: body composition, cardiorespiratory fitness, hemodynamic parameters, biochemical markers and heart rate variability. Ten adolescents (12-17 years-old) participated of RSP developed during three months, three times per week, with intensity corresponding to 80% of maximum heart rate. A control group of 10 eutrophic adolescents (12-17 years-old) who did not exercisewas evaluated only at baseline. The RSP promoted reductions in weight (2.92%, P = 0.87), waist circumference (8.30%, P = 0.002), % body fat (5.35%, P < 0.001), systolic blood pressure (6.25%, P = 0.019), total cholesterol (10.33%, P = 0.046), triglycerides (19.51%, P = 0.023), C-reactive protein (46.51%, P = 0.171), resting heart rate (5.71%, P = 0.105) and sympathetic activity (LF) (20.21%, P = 0.047). Increases were found for HDL cholesterol (30.05%, P < 0.001), parasympathetic activity (HF and LF:HF) (25.11%, P = 0.047 and 33.33%, P = 0.050), VO2max (21.82%, P = 0.002) and oxygen pulse (22.01%, P = 0.004). The pattern of variation in risk markers approached more standard cardiorespiratory fitness variation than that observed for the variables of body composition. In all cases, except for markers associated with body composition and glucose tolerance, after RSP the profile of risk factors in the intervention group approached the condition exhibited by eutrophic controls. In conclusion, a relatively short PFR was capable to improve the risk for CVDs in overweight and obese adolescents, regardless of changes in body mass and composition