Antes de abordarmos o tema principal destas linhas, algumas observações preliminares se fazem necessárias. Primeiramente deve ser logo mencionado que a cultura como tal não foi uma questão que polarizasse as atenções dos participantes da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, mais voltados para a formação e compromisso dos discípulos missionários, bem como para os efeitos nocivos da globalização neste Continente. A cultura só ganha importância enquanto cultura hodierna na medida em que aparece como ameaça à fé cristã e à comunidade eclesial. Não é de se espantar, portanto, que ganhe maior espaço no documento a questão da evangelização da cultura, pouco se discorrendo no mesmo sobre a inculturação da fé