Some possibilities of psychoanalysis facing the anguish involved in the impossibility of educate

Este trabalho é inspirado na tentativa da prática da psicanálise dentro de uma equipe multidisciplinar composta por professores, assistentes sociais e psicólogos, que atua na rede pública de ensino do município do Rio Janeiro. Nosso ponto de partida é o movimento da angústia manifestada pelos profissionais da educação, pelos alunos e seus pais diante das dificuldades inerentes ao processo educativo institucionalizado e ao convívio diário de muitos diferentes sujeitos em movimento constante na escola. Iniciamos percorrendo o texto freudiano, guiados pelo significante educação, e encontramos o desejo de Freud de que a psicanálise venha cada vez mais a dialogar com outras áreas do conhecimento, inclusive a educação. Freud, desde os seus primeiros textos, aponta a importância e as dificuldades da educação em geral no processo de formação do sujeito do inconsciente e marca a impossibilidade de se educar a pulsão. Desenvolvemos, com Lacan, a angústia como estrutural no sujeito da psicanálise e a complexidade do movimento alienação/separação do sujeito frente ao Outro, na sua eterna tentativa de passar do gozo ao desejo, promovendo uma ultrapassagem da angústia e estudamos o movimento do sujeito na rede da angústia, teorizada por Lacan no Seminário X. Apoiados na ética da psicanálise e partindo de algumas pesquisas sobre as possibilidades e dificuldades da inserção da psicanálise no trabalho dentro das instituições, abordamos a relevância da ética da psicanálise estar presente dentro das escolas. Ética esta que coloca em cena o desejo inconsciente como índice de presentificação do sujeito e que traz na diferença sua única característica universal. O saber não-todo presente na essência do método psicanalítico tem algo de exclusivo há oferecer às práticas educacionais. A psicanálise possibilita que seja considerada a particularidade de cada um, o impossível de nomear presente na vida, apontando a inconsistência dos significantes do Outro, incapaz de responder todas as perguntas, dialetizando as supostas verdades e abrindo espaço para a construção de novos sabere