Mortalidade e invalidez numa carteira do ramo vida : modelos teóricos e uma aplicação

Mestrado em Actuarial ScienceNo atual contexto empresarial, cada vez mais exigente e competitivo, torna-se fundamental para qualquer empresa, no caso em concreto uma seguradora, que a estimação das suas responsabilidades futuras seja o mais realista possível. Só assim é garantida uma gestão de recursos eficiente, sem comprometer a sustentabilidade. Quando se trata de uma seguradora do ramo Vida, o grande desafio consiste em modelar os riscos biométricos subjacentes à carteira exposta (mortalidade/longevidade e invalidez) e projetá-los no longo prazo. É com relativa facilidade que se encontra na literatura modelos teóricos que pretendem modelar e projetar a mortalidade e a invalidez. No entanto, estes modelos pressupõem a existência de um amplo registo de observações, o que para muitas seguradoras nem sempre é possível. No presente trabalho são propostos dois objetivos: por um lado, fazer o levantamento dos modelos teóricos mais comuns na modelação dos riscos biométricos; por outro (e embora, segundo Kurt Lewin, there is nothing more practical than a good theory), ilustrar como na prática atuarial se implementa frequentemente a metodologia possível ao estudo da mortalidade/longevidade e invalidez de uma carteira real de dimensão relativamente pequena.Today's increasingly demanding and competitive business environment made crucial for companies, especially for insurance companies, to have an estimation of its future liabilities as realistic as possible. This is the only way to ensure efficient resource management without compromising the firms' sustainability. When it comes to life insurance, the big challenge is to model biometric risks underlying the portfolio (mortality/longevity and disability) and to forecast them in the long term. It is easy to find in the literature theoretical models that intend to model and forecast mortality/longevity and disability. However, they assume the existence of a wide record of observations, which is not possible for many insurers. Two main objectives are proposed in the present work: on the one hand, to survey the most common theoretical models in biometric risk modeling; on the other hand (and according to Kurt Lewin although there is nothing more practical than a good theory) to illustrate how the possible methodology for the study of the mortality / longevity and disability of a relatively small real portfolio is frequently implemented in actuarial practice.