PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO À FAMÍLIA DE CRIANÇAS PORTADORAS DE TRANSTORNO PSÍQUICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Introdução: Possuir um filho ou um membro da família portador de um transtorno psíquico leva à adaptações no âmbito familiar, pois cuidar de crianças requer atenção integral, e, em se tratando de crianças com algum transtorno psíquico, essa atenção é redobrada. O papel de principal cuidador cabe aos pais ou outros familiares, que se veem sobrecarregados com tantas tarefas e, muitos não conseguem se adaptar ou se reorganizar, deixando de lado alguns aspectos importantes, como o cuidado de si próprio. PROBLEMA: Como os familiares de crianças com transtorno psíquico realizam o autocuidado? SUJEITOS ENVOLVIDOS: Familiares de crianças com transtorno psíquico. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: mês de outubro e novembro de 2014. ABORDAGEM: Relato de experiência de atividade desenvolvida com familiares de crianças autistas atendidas no Centro de Assistência Psicossocial Infanto-Juvenil do interior da Bahia. Desenvolveu-se a partir de encontros em grupo, utilizando as rodas de conversa. Realizou-se em local reservado. Os recursos utilizados foram: notebook, balança, fita métrica, estetoscópio, tensiômetro, glicosímetro. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram realizadas atividades de acompanhamento da saúde dos familiares, seguida de orientações e educação em saúde. Houve grande adesão dos familiares. As rodas foram guiadas por duas principais questões “quais são as principais dificuldades em cuidar de uma criança com transtorno mental” e “quais as práticas de autocuidado adotadas”. Identificaram-se os principais problemas relacionados ao cuidar de uma criança com transtorno psíquico: o tempo dispendido e o estresse vivenciado. Os problemas de saúde apresentados pelos familiares foram: cefaleia, hipertensão arterial, Diabetes Mellitus, sobrepeso. Todos apresentaram queixas, seja crônica ou aguda e que pode ser intensificada ou descompensada pelo processo do cuidar. Apenas alguns familiares relataram praticar hábitos de vida saudáveis como prática de atividade física, consultas periódicas, realização de exames e dieta saudável. A comunicação direta, através da conversa, foi tomada como técnica de instrumento terapêutico. CONCLUSÃO: Conheceu-se a influência do cuidar da criança com transtorno psíquico na saúde física e mental do cuidador. Tal experiência comprovou a importância da inclusão dos familiares na unidade de atendimento da criança, devido à necessidade de serem percebidos como indivíduos carentes de atenção e cuidado