A concepção de matéria que emerge da dinâmica leibniziana é interessante pelo modo em que junta e contrapõe aristotelismo e mecanicismo. Embora Leibniz freqüentemente use um vocabulário aristotélico, às vezes parece reorientá-lo inteiramente para emoldurá-lo aos seus conceitos, enquanto outras o utiliza de maneira a sugerir não somente uma continuidade lexical, mas também conceitual. Leibniz retém do aristotelismo a noção que nos corpos há um princípio ativo e atual, do qual resultam sua substancialidade e potência de produzir efeitos, e, ademais, que há uma causa final atuante na natureza, como os aspectos potencial e teleológico da força viva indicam. E se é verdade que ele rejeita a noção cartesiana que a extensão é a essência dos corpos...