A Paixão segundo G.H., intensamente analisada como obra importante da denominada Terceira Geração Modernista, sob diversos prismas filosófico, formal, psicanalítico e histórico condiz com um momento contemporâneo contundente que expressa alto grau de individualismo, alienação e fragmentação em todos os campos. Desenvolve-se aqui uma investigação sobre a estruturação dessa obra, tendo em vista as estratégias de interlocução criadas pela autora, e o receptor implícito nessa estruturação, em consonância com a teoria do efeito estético elaborada por Wolfgang Iser, que também dialoga com outras teorias envolvendo a configuração do texto ficcional e seus respectivos interlocutores que se encontram embutidos na estrutura das obras. Para tanto, a...