O efêmero é prerrogativa do mecanismo Moda. Na atualidade, sua face espetacular deriva da necessidade da manutenção da máquina capitalista, onde a utilização do design se encarrega do obsoletismo programado, apontando para o supérfluo e o mascaramento cosmético. A busca incansável pelo ineditismo formal culmina na apropriação por elementos de artisticidade, que reconfiguram a funcionalidade do vestir, agregando ao hibridismo Arte e Moda a pessoalidade e a leitura individual próprias da Arte pós-moderna. Se no Império do Efêmero de Lipovetsky a individualidade comanda o circuito, nesta nova conformação percebemos que a valorização individualizada é permeada por valores coletivos do belo eterno e imutável de Baudelaire, em que a elevação de p...