Sexuality, conjugality and human rigths among religious youth of the metropolitan region of São Paulo

Este trabalho procurou identificar, compreender e discutir a presença da religiosidade no modo como moças e rapazes de 15 a 25 anos, praticantes de diferentes religiões, vivem, idealizam e constroem sua trajetória sexual-afetiva. A análise e discussão foram elaboradas a partir do material coletado em 18 entrevistas e em dois grupos focais. Os jovens entrevistados eram membros ativos de uma Igreja Católica, uma Igreja da Assembleia de Deus, uma Igreja Adventista da Promessa, uma Igreja Episcopal Anglicana, dois Terreiros de Candomblé e dois Terreiros de Umbanda. Um dos grupos focais foi formado com jovens adeptos de dois Terreiros de Umbanda e o outro com jovens de uma Igreja Adventista da Promessa. Neste trabalho, parte-se do pressuposto que a sexualidade é uma construção social que integra as trajetórias de vida e se insere nas teias da experiência afetiva da juventude. A religiosidade é concebida como constitutiva do repertório variado que compõe a socialização da juventude, especialmente quando se trata de jovens praticantes de alguma religião. A questão deste estudo foi compreender a interação entre sexualidade e religiosidade, a partir de cenas, percepções e ideias colocadas pelo próprio jovem religioso, entendido aqui como sujeito plural. Questões e relações entre as moralidades religiosas e o avanço no campo dos direitos sexuais e direitos reprodutivos também são discutidas, tendo, como pano de fundo teórico e normativo, a perspectiva dos direitos humanos. Como resultado, é proposta uma reflexão a partir do sujeito plural sexual, de direito e religioso que constrói sua subjetividade em contexto e apresenta capacidade de reeditar discursos para suas escolhas na vida. A ampliação do debate entre os sujeitos de diferentes segmentos, que apresentam discursos conflitantes, também é uma proposta deste trabalho, para que, na perspectiva de uma sociedade cada vez mais laica, se possa avançar na ampliação dos direitos individuais, especialmente no campo da sexualidade e reprodução.This research work intended to identify, comprehend and discuss the presence of religiosity in the way young religious followers, men and women from 15 to 25 years old, live, idealize and construct their sexual-affective trajectories. The analysis and discussion were elaborated by studying the material gathered from 18 interviews and from two focal groups. The young interviewees were active members of a Catholic Church, an Assembly of God Church, an Adventist Church of Promise, an Episcopal Anglican Church, two Candomblé Temples and two Umbanda Temples. One of the groups was formed by young followers of two Umbanda Temples and the other by young followers of an Adventist Church of Promise. This work is based on the assumption that sexuality is a social construction that integrates the trajectories of life and is inserted in the webs of affective experience of youth. Religiosity is considered as part of the varied repertoire that forms the socialization in youth, especially when it refers to young religion followers. The main goal of this study was to comprehend the interaction between sexuality and religiosity by analyzing the scenes, perceptions and ideas expressed by young religious followers, who were considered to be plural subjects. Issues and relations between religious moralities and advances in the field of sexual and reproductive rights are also debated from the theoretical and normative perspective of human rights. As a result, this thesis proposes a reflection based on plurals subjects besides being sexual subjects, they have rights and are religious who construct their subjectivity within a context and present the capacity to reedit discourses for their choices in life. Another proposal of this work is to expand the debates among subjects from different segments who present conflicting discourses in order to advance towards the development of individual rights, especially in the field of sexuality and reproduction, from the point of view of a secular society