Patologia vértebro medular traumática : Bioquímica e prognóstico funcional

A lesão medular é um processo evolutivo que se amplia após o traumatismo em diferentes graus de destruição tissular. A perda de integridade das vias de condução medular, estruturas de associação e barreira hémato encefálica, determina alterações na composição do líquido céfalo raquídeo (LCR). O estudo de diferentes parâmetros bioquímicos do LCR (piruvato, lactato, desidrogenase láctiva, creatinofosfoquinase, aldolase, colines-terases, catecol e indolaminas, proteinas totais e proteinas específicas) correlacionados com variáveis clínicas (idade, sexo, escolaridade, nível social, outros), índices funcionais (Barthel, Pulses, Adl) e escalas neurológicas (Yale, Frankel) permite uma mais completa compreensão da fisiopatologia e gravidade lesional. O conhecimento precoce da deterioração neurológica e do prognóstico funcional, assume papel relevante no estabelecimento de um programa de reabilitação. A formulação de um modelo predictivo utilizando a escala de Yale, o índice de Barthel e o nível de aldolase relativamente a uma condição funcional pré-estabelecida (conceito de incapacidade severa - C. Granger) favorece uma análise temporal na patologia traumática vértebro medular. Palavras Chave: traumatismo vértebro medular, líquido céfalo raquídeo, piruvato, lactato, creatinofosfoquinase, desidrogenase láctica, aldolase, colinesterases, catecol e indolaminas, proteinas, Barthel, Pulses, Adl, Yale, Frankel