Os últimos anos têm permitido a emergência de um grande número de iniciativas jornalísticas que se autointitulam “independentes” ou “alternativas”. Os rótulos não são novos, mas se percebe que a onda atual tem características próprias que contribuem para uma rediscussão de conceitos como autonomia, independência financeira e editorial. Um arranjo que possibilita também tensionar essa importante categoria – a independência – num cenário pós-industrial, onde é crescente a participação efetiva daqueles que antes chamávamos de públicos e onde o ativismo contraria valores históricos do jornalismo como o da imparcialidade. Os resultados a que chegamos sinalizam um panorama mais dinâmico para a definição da independência e ajustes necessários para...