O encontro forjado entre Lope de Vega e Pierre Corneille que aqui se propõe inscreve-se numa perspectiva comparatista lata que preconiza a partilha e intersecção de diferentes culturas e literaturas pertencentes a diferentes sistemas culturais, simbólicos e histórico-geográficos. Toma a Poética de Aristóteles como ponto de encontro e mediação para múltiplos e diferentes discursos, de onde podemos destacar, por momentos, os de Lope de Vega e Corneille. Arte Nuevo e os três Discours, ao mesmo tempo que se referem à doutrina aristotélica e aos comentários que se lhe seguiram, fornecem-nos duas posições pessoais, mas também comuns, numa rede de teatro europeu existente nos séculos XVI e XVII. Convidam-nos a desenhar mapas de teatro e espectácul...