Entre os anos 30 e 40 do século passado, o México viu surgir, das cinzas da revolução mexicana, uma figura singular. Frida Kahlo é descrita, até hoje, pelo imaginário social – em seus quadros, em suas fotografias – como uma mulher que marcou uma época e que se tornou símbolo de lutas, e isso se estende até a contemporaneidade. Criaram-se, em volta da pintora mexicana, várias imagens sociais que eram delineadas no jogo dialógico entre suas obras e seus interlocutores. Tomando como referência essas assertivas, o artigo, ora apresentado, objetiva realizar análise de uma carta escrita por Frida para um de seus interlocutores amados/amantes – um dos homens com quem ela se envolveu, afetivamente, durante períodos diferentes de sua vida –, e mapea...